Campanha visa socorrer comunidades ribeirinhas em meio à seca histórica no Amazonas
Iniciativa é liderada pelo Conselho do Mosaico do Baixo Rio Negro e seus parceiros
As comunidades ribeirinhas do Amazonas enfrentam desafios extraordinários devido a uma seca histórica que impacta gravemente a região. A situação deixou essas comunidades em extrema vulnerabilidade, e uma iniciativa conjunta está sendo lançada para fornecer ajuda.
O Conselho do Mosaico do Baixo Rio Negro, em colaboração com associações de moradores de unidades de conservação, incluindo a APTC-RDS Puranga Conquista, ACS Rio Negro, AMORU e CAMURA, está promovendo uma campanha de arrecadação de fundos para oferecer assistência direta a essas comunidades. Os dados para doação estão ao final deste texto.
Essa seca prolongada, intensificada pelo fenômeno El Niño e as atividades humanas na Amazônia, resulta em uma luta constante por água potável, escassez de alimentos, dificuldades de locomoção e acesso limitado a cuidados médicos. A missão dessa campanha é proporcionar alívio a essas comunidades em necessidade.
Todos os recursos angariados serão distribuídos equitativamente entre as associações de moradores envolvidas na campanha, garantindo que sejam direcionados para as necessidades imediatas e críticas de cada Unidade de Conservação.
Esta é uma iniciativa liderada pelo Conselho do Mosaico do Baixo Rio Negro e seus parceiros. A generosidade do público é fundamental e fará uma diferença notável nas vidas das pessoas necessitadas. A campanha incentiva o compartilhamento da mensagem para ampliar seu alcance.
Emergência climática
Na Amazônia, o nível do rio Amazonas já baixou 7,35 metros, o que é considerado um recorde. A seca afeta 59 dos 62 municípios do estado, deixando mais de 80 mil pessoas sem acesso à água potável.
A falta de água também prejudica a navegação, o transporte de mercadorias e a produção de agricultores familiares. Em Atalaia do Norte, o rio secou tanto que a empresa de abastecimento não consegue mais captar água. Mais de 5 mil pessoas estão sem acesso a água potável somente neste município.
“A gente está vivendo um momento muito difícil. Estamos sem água para beber, para cozinhar, para tomar banho. Estamos tendo que comprar água de caminhão-pipa, que está muito cara”, explica Silvana Menezes, agricultora em Atalaia do Norte, por telefone.
De acordo com o Sistema de Monitoramento da Amazônia (Sipam), o nível do rio Amazonas está 1,5 metro abaixo da média histórica para o mês de outubro. A seca é resultado de um conjunto de fatores, incluindo o El Niño, o desmatamento e as mudanças climáticas.
Dados para doação:
Banco Santander
Agência: 3230
Conta Corrente: 13.002945-4
Chave Pix: [email protected]