Enquanto a Faixa de Gaza enfrenta uma crise humanitária agravada pelo fechamento da passagem de Rafah, entre Gaza e o Egito, a situação dos 32 brasileiros na região depende de um acordo diplomático. Dezesseis deles estão em Rafah, e mais de 12 em Khan Yunis, ambas cidades no sul de Gaza. O grupo é formado por 17 crianças, nove mulheres e seis homens. No total, mais de 900 brasileiros foram resgatados desde o início do conflito. A grande maioria é israelense.

Depois de cruzar a passagem para o Egito, o plano era que os brasileiros fossem deslocados para o Aeroporto de El Arish, onde embarcariam em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

Uma aeronave modelo VC-2, disponibilizada pela Presidência da República do Brasil, está pronta para a missão de repatriação, aguardando autorização em Roma, na Itália. O Itamaraty afirmou que o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, está negociando ativamente a saída desse grupo de brasileiros retidos.

No entanto, a autorização para a repatriação dos brasileiros ainda depende de um acordo entre Israel, Egito e as autoridades de Gaza, que até o momento não foi alcançado, deixando esses cidadãos em uma situação de incerteza e preocupação crescentes.

O governo brasileiro, enquanto presidente do Conselho de Segurança da ONU, tem atuado para a reabertura da fronteira de Gaza com o Egito. A forte mobilização também busca criar um corredor humanitário permanente enquanto os bombardeios de Israel continuarem. O MRE disponibiliza os contatos da embaixada em Tel Aviv (+972 (54)8035858) e do Escritório de Representação em Ramallah, na Cisjordânia (+972 (59)2055510), para os brasileiros em situação de emergência. O plantão em Brasília pode ser contatado pelo número +55 (61) 982600610.

Massacre contra palestinos

Neste domingo (15), o registro é de 4.070 óbitos entre israelenses e palestinos. O Ministério da Saúde palestino contabilizou 2.670 mortes no conflito. Já a embaixada de Israel informou que 1,4 mil pessoas perderam a vida. Além disso, há mais de 13 mil feridos, sendo 3,5 mil em Israel e 9,6 mil em Gaza. Mais de 700 crianças palestinas morreram, de acordo com a organização Médicos Sem Fronteiras.