O Brasil voltou a subir no Ranking Mundial da Felicidade, conforme revelado pelo World Happiness Report (WHR), uma iniciativa da ONU que avalia cerca de 140 nações. Após nove anos de queda ou estabilidade em suas posições, o país agora ocupa a 44ª colocação. Esse avanço representa um salto de cinco posições em relação ao ano anterior, quando estava na 49ª posição, o mais baixo até então.

A última vez que o Brasil havia alcançado um patamar semelhante foi em 2015, quando atingiu a 16ª posição, a melhor desde que o relatório foi lançado em 2012.

O relatório mundial, que avalia a felicidade com base na autopercepção das pessoas, bem como em indicadores econômicos e sociais, destaca seis fatores-chave: apoio social, renda, saúde, liberdade, generosidade e ausência de corrupção.

Um aspecto interessante é a diferença de percepção entre as gerações, com um sentimento de felicidade mais forte entre os mais jovens em várias regiões do mundo.

Surpreendentemente, países como Estados Unidos e Alemanha não estão mais entre os 20 países mais felizes, ocupando agora as posições 23 e 24, respectivamente. Enquanto isso, nações como Costa Rica e Kuwait emergiram no topo do ranking.

Enquanto o  Brasil celebra esse avanço, a Finlândia mais uma vez conquistou o título de país mais feliz do mundo, mantendo sua posição privilegiada pelo sétimo ano consecutivo. Outros países nórdicos, como Dinamarca, Islândia e Suécia, também figuram entre os primeiros colocados.

Por outro lado, o Afeganistão continua enfrentando um cenário desafiador, ocupando o último lugar da lista, abaixo de nações como Serra Leoa, Lesoto e Líbano, em meio a uma crise humanitária.

13 milhões de brasileiros deixaram de passar fome

De 2022 para 2023, o número de brasileiros enfrentando a fome diminuiu em 13 milhões, de acordo com os dados divulgados no dia 11 de março. No último ano do governo Bolsonaro, 33 milhões estavam em quadro de fome. Em 2023, esse número reduziu para 20 milhões. O número continua alto, considerando que o Brasil já havia saído do mapa da fome, mas retornou após os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro.

O estudo aponta que a redução estimada na quantidade de pessoas vivendo em situação de insegurança alimentar grave está diretamente ligada à queda do desemprego e à estabilização dos preços, especialmente dos alimentos. Além disso, o aumento da renda da população, impulsionado pelos programas de transferência de renda e pelo reajuste acima da inflação do salário mínimo, também contribuiu para essa melhoria.

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Fome Zero, a pedido do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

A política de valorização do salário mínimo, que considera a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e a taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB), fortaleceu a capacidade de compra da população, o que impactou positivamente na redução da insegurança alimentar e nutricional.