Por Patrick Simão / Além da Arena

Brasil e França nutrem uma grande rivalidade no futebol e novamente se encontraram em uma Copa do Mundo. O duelo será pela segunda rodada do Grupo F, neste sábado às 7 horas de Brasília. Há 4 anos, na Copa de 2019, as brasileiras foram eliminadas pelas francesas nas oitavas de final e agora buscam uma inédita vitória após 11 duelos contra as francesas. Todos os confrontos aconteceram entre 2013 e 2022, com 6 vitórias francesas e 5 empates.

Destes confrontos o mais importante, claro, foi o da Copa do Mundo, onde a França, anfitriã, venceu por 2 a 1 com gol na prorrogação. Nestes 4 anos, as europeias venceram os dois amistosos com o Brasil, em março de 2020 por 1 a 0 e em fevereiro de 2022 por 1 a 1. No entanto, nos últimos 12 meses o cenário das duas Seleções mudou.

 

Brasil e França na Copa do Mundo 2019 (Foto: FIFA)

 

A França iniciou 2022 em grande fase, com vitórias nos 9 primeiros jogos. No fim do ano, houve uma queda de desempenho, com duas derrotas para a Alemanha e uma para a Austrália. Em 2023, as francesas venceram Colômbia, Canadá e Irlanda, perderam novamente para a Austrália e, na estreia da Copa, empataram em 0 a 0 com a Jamaica.

O Brasil, por sua vez, estava em má fase no começo de 2022, com apenas 1 vitória nos 7 primeiros jogos e derrotas para Dinamarca e Suécia. Porém, a partir da Copa América, a Seleção comandada por Pia Sundhage iniciou uma curva crescente em seu desempenho e resultados, chegando à Copa em seu melhor momento do ciclo.

Neste período, além do título continental, o Brasil venceu Canadá, Itália, Alemanha e Japão, empatou com a Inglaterra e obteve duas derrotas para o Canadá e uma para os Estados Unidos. Na estreia da Copa, goleada sobre o Panamá, por 4 a 0, com grande demonstração de jogo coletivo e 3 gols de Ary Borges, atuando como meia-atacante.

Além de Ary Borges, que entra mais na área, o Brasil tem Debinha como referência e também como construtora, além de Bia Zaneratto mais centralizada e Geyse pela esquerda, disputando uma vaga no ataque. A defesa brasileira está mais sólida, possibilitando uma construção coletiva pelo meio e pela esquerda. Marta, seis vezes melhor do mundo, é alternativa para o 2º tempo, onde pode definir quebrando linhas e na bola parada.

Ary Borges marcou 3 gols na estreia do Brasil contra Panamá (Foto: FIFA)

 

A França, por sua vez, tem a zagueira Wendie Renard como dúvida, e destaques importantes, com um time base do Lyon e PSG. Eugenie Le Sommer, do Lyon, é referência no ataque, assim como Amel Majri na meia.

O jogo deve ter proposição das duas equipes, ambas com perigosos nomes na construção de jogo e no ataque. Durante os últimos 4 anos, este é o momento em que a França não chega como favorita para o confronto. Em jogo, está uma importante projeção para avançar em 1º lugar do grupo. Será que o tabu será quebrado?