Por Joyce Maia

No sábado (7), o Brasil atingiu sua melhor campanha paralímpica em número de ouros. Rayane Soares, corredora maranhense, tornou-se campeã paralímpica, quebrando um recorde mundial. Jerusa Geber, do Acre, conquistou sua segunda medalha de ouro em Paris. No salto em distância T13, Paulo Henrique dos Reis,  garantiu o bronze. No halterofilismo, Mariana D’Andrea, conquistou o bicampeonato paralímpico na categoria até 73kg. 

No judô, o potiguar Arthur Cavalcante e o paraibano Wilians Araújo conquistaram o ouro em suas respectivas categorias J1, enquanto a paulista Rebeca Silva também garantiu o ouro. O judoca gaúcho Marcelo Casanova conquistou o bronze na categoria até 90kg J2, e a sul-mato-grossense Erika Zoaga levou a prata na categoria acima de 70kg J1. 

Na natação, Lídia da Cruz, do Rio de Janeiro, garantiu o bronze nos 50m costas S4. 

Na canoagem, Luís Carlos Cardoso conquistou a prata e o paranaense Miqueias Elias levou o bronze nos 200m KL3. O Brasil também garantiu a medalha de bronze no futebol de cegos ao vencer a Colômbia por 1 a 0, com gol de Jefinho.

Atletismo

Foto: Douglas Magno/CPB

A corredora maranhense Rayane Soares, 27, se tornou campeã paralímpica neste sábado, 7, ao vencer os 400m da classe T13 (deficiências visuais) no atletismo. Além da medalha de ouro, Rayane quebrou o recorde mundial da prova, uma marca que durava desde 1995.

A acreana Jerusa Geber, conquistou sua segunda medalha de ouro em Paris ao vencer os 200m T11, destinada a deficientes visuais, com o tempo de 24s51, igualando o recorde paralímpico da britânica Libby Clegg, que fez a mesma marca no Rio 2016. Em Paris 2024, ela também foi ouro nos 100m T11.

O Brasil teve um pódio duplo nos 200m da classe T37 (paralisados cerebrais). O fluminense Ricardo Gomes ganhou a medalha de prata, e o paulista Christian Gabriel ficou com o bronze.

O sul-mato-grossense Paulo Henrique dos Reis conquistou a medalha de bronze no salto em distância T13 (deficiência visual). Com o seu melhor salto em 7,20m, a sua melhor marca na temporada, ele garantiu o terceiro lugar no pódio. Paulo Henrique é estreante em Jogos.

O paulista Thomaz Ruan conquistou a medalha de bronze nos 400m masculino T47 (deficiência nos membros superiores) com o tempo de 47s97, sua melhor marca na temporada.

O paulista Eduardo Pereira, estreante em Jogos, ficou na sexta colocação na final do arremesso de peso F34 (paralisados cerebrais). Ele teve como melhor arremesso 11,03m.

A paraense Fernanda Yara e a potiguar Maria Clara Augusto chegaram na quarta e quinta colocações, respectivamente, na final da prova dos 200m T47 (amputadas de braço). Fernanda fez o tempo de 25s71, seu melhor índice na temporada, enquanto Maria Clara completou a prova em 25s71.

O gaúcho Wallison Fortes chegou na quinta colocação na final dos 200m T64 (amputados de membros inferiores com prótese). Estreante em Jogos, Wallison fez o tempo de 22s84. O vencedor da prova foi Sherman Guity, da Costa Rica, com 21s32.

O paulista Paulo Cezar Neto terminou na nona colocação na final do salto em distância T20 (deficiência intelectual). Estreante em Jogos, ele teve 6,60m como a melhor marca entre seus saltos.

O catarinense Edenílson Floriani terminou na quarta colocação na final do arremesso de peso F42/F63 (deficiência nos membros inferiores). Ele teve 14,57m como o melhor arremesso. O vencedor da prova foi Faisal Sorour, do Kwait, com 15,31m. Essa é a segunda participação de Edenilson em Jogos. A primeira foi em Tóquio 2020.

Wallison Fortes correu a final dos 200m T64 mas chegou em 4º lugar e está no top 5 melhores corredores do mundo. Paulo Cézar Neto ficou na nona colocação do salto em distância T20 e Fábio Bordignon também ficou em 9° lugar nos 100m T35 masculino.

Canoagem

Luís Carlos Cardoso ganhou a prata nos 200m da classe KL1 (usa somente os braços na remada). Ele completou a prova em 46s42. 

O paranaense Miqueias Elias conquistou a medalha de bronze nos 200m da classe KL3 (usa braços, tronco e pernas na remada). Ele completou a prova com o tempo de 40s75.

Debora Raiza terminou na quinta posição a prova final de canoagem 200m VL2 feminina.

Fernando Rufino e Maria Santilli ficaram na sexta colocação, nas suas respectivas categorias: canoagem 200m KL2 masculino e canoagem 200m KL3 feminino.

Foto: Alessandra Cabral/CPB

Halterofilismo

A paulista Mariana D’Andrea, 26, conquistou neste sábado, 7, a medalha de ouro no halterofilismo, na categoria até 73kg. Assim, a atleta brasileira garantiu o bicampeonato paralímpico – ela já havia vencido em Tóquio 2020.

Bartolomeu Chaves fica na 4ª posição do 200m T37 masculino. Com a mesma colocação está Henrique Caetano, nos 200m T35 masculino. Aser Ramos fica na 7ª posição dos 100m T36 masculino. No Levantamento de peso 88 KG masculino, Evânio da Silva ficou na oitava posição.

Judô

Em sua terceira participação em Jogos Paralímpicos, o potiguar Arthur Cavalcante, 32, conquistou sua primeira medalha paralímpica, e logo no lugar mais alto do pódio. O brasileiro venceu na final da categoria até 90kg da classe J1 (cegos totais ou com percepção de luz) o britânico Daniel Powell, por ippon. 

O paraibano Wilians Araújo, 32, conquistou sua primeira medalha de ouro em Jogos Paralímpicos. O judoca derrotou na final da categoria acima de 90kg, da classe J1 (cegos totais ou com percepção de luz), o moldavo Ion Basoc, por ippon. 

A paulista Rebeca Silva, 23, conquistou a medalha de ouro da categoria acima de 70kg para atletas J2 (baixa visão). Ela derrotou a cubana Sheyla Estupiñán na final.

O gaúcho Marcelo Casanova garantiu mais uma medalha para o judô brasileiro ao derrotar, com um wazari, o italiano Simone Cannizzaro na disputa do bronze da categoria até 90kg para atletas J2 (baixa visão). Marcelo é estreante em Jogos Paralímpicos. Tem deficiência visual em decorrência do albinismo. Começou na modalidade aos nove anos por insistência do pai, que já praticava o esporte.

A sul-mato-grossense Erika Zoaga conquistou a prata na final da categoria acima 70kg da classe J1 (cegos totais ou com percepção de luz). Ela perdeu para a ucraniana Anastasiia Harnyk por ippon.

A atleta paralímpica Lúcia Teixeira  encerrou a sua participação nas Paralimpíadas de Paris. A judoca disputou na categoria até 57kg J2 e foi derrotada pela cazaquistanesa Dayana Fedossova com um Ippon. Na repescagem, Lúcia venceu a atleta argentina Laura Gonzalez, também com um ippon, e seguiu para as quartas de final, mas não conseguiu superar a espanhola Marta Arce Payno, ficando de fora da disputa pelo pódio.

No Judô acima de 90 KG J2 masculino Sérgio Fernandes perdeu por ippon para indonésia e não avançou.

Natação

A carioca Lídia da Cruz conquistou a medalha de bronze nos 50m costas S4, destinada a atletas com limitações físico-motoras, com o tempo de 52s00. Esta é a terceira medalha da nadadora em Jogos Paralímpicos, todas conquistadas em Paris. 

Vitória Caroline terminou em 8º lugar nos 100m borboleta S8 (atletas com limitações físico-motoras), o carioca Douglas Matera em 6º lugar nos 100m borboleta S12 (atletas com deficiência visual), a paulistana Esthefany Rodrigues em 7º lugar nos 200m medley SM5 (atletas com limitações físico-motoras) e o revezamento do Brasil foi 4º lugar no 4x100m livre 34 pontos, com o tempo de 4min06s44.

A equipe formada por Mariana Gesteira, Talisson Glock, Cecília Araújo e Phelipe Rodrigues, ficou em quarto lugar no revezamento dos 4×100m livre 34 PTS.

Ruan de Souza fica com a 15ª posição no medley SM10.

Esgrima 

O time masculino perdeu de 14 × 45 para a Croácia e não avançou para a semifinal com espada.

A equipe feminina de esgrima com espada perdeu por 23 × 45 e não avançou para às quartas.

Ciclismo de estrada

Na corrida de rua C1-3, Sabrina Custodia fica em décimo quarto lugar.  Já na corrida de rua C1-3, Carlos Alberto ficou na 23ª posição.

Futebol de cegos

O Brasil conquistou a medalha de bronze, ao vencer a Colômbia por 1 a 0 na disputa pelo terceiro lugar. O único gol da partida foi marcado por Jefinho, aos 10 minutos da segunda etapa.

Foto: Ana Patrícia/CPB

Vôlei Sentado

A seleção brasileira feminina de vôlei sentado perdeu por 3 sets a 0 a disputa pelo bronze para o Canadá. As parciais foram de 15/25, 18/25 e 18/25 na Arena Paris Norte.