Brasil e China anunciam produção de satélite capaz de monitorar eventos climáticos extremos
Assinatura do acordo entre Brasil e China está programada para acontecer durante uma reunião
O Brasil e a China anunciaram uma parceria inovadora para a construção de um satélite meteorológico destinado a prever eventos climáticos extremos, como tempestades severas e inundações. O anúncio foi feito por Clezio de Nardin, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), durante um evento na China. O projeto está previsto para ser concluído e o satélite lançado em 2030, marcando um avanço significativo na cooperação tecnológica entre os dois países, destacou o G1.
O novo satélite será fabricado em São José dos Campos, interior de São Paulo, e faz parte do Programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite). Este programa, que já existe há quase 35 anos, tem produzido importantes avanços na observação da Terra, beneficiando tanto o Brasil quanto a China com dados essenciais para o monitoramento ambiental e a gestão de recursos naturais. O satélite será geoestacionário, proporcionando uma visão contínua e detalhada das condições meteorológicas.
Durante o anúncio, Nardin destacou a importância do projeto para a segurança e a resiliência climática do Brasil. Ele explicou que o satélite será equipado com tecnologia de última geração capaz de realizar varreduras rápidas e precisas de fenômenos climáticos extremos. “Esse satélite vai aumentar nossa capacidade de proteção contra eventos climáticos adversos, como as chuvas intensas que recentemente causaram destruição no Rio Grande do Sul”, afirmou Nardin.
A assinatura do acordo entre Brasil e China está programada para acontecer durante uma reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), uma plataforma criada em 2004 para fortalecer os laços bilaterais. Com este novo passo, a parceria entre os dois países se consolida ainda mais, prometendo avanços significativos na ciência e tecnologia espacial, com benefícios concretos para a população e a indústria brasileiras.