A investigação da Polícia Federal (PF) revelou que várias contas no BB Americas, subsidiária internacional do Banco do Brasil, estão ligadas ao esquema de lavagem de dinheiro de uma organização criminosa ao redor de Jair Bolsonaro (PL), e tem o próprio ex-presidente entre os alvos da apuração. O FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, foi envolvido na investigação, apontando para uma possível ampliação do caso nos Estados Unidos.

A PF revelou detalhes de uma operação que aponta para o esquema de comercialização ilegal de joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e sua esposa, Michelle Bolsonaro, durante seu mandato. O esquema é aparentemente liderado por militares do Exército, incluindo Mauro Lourena Cid e seu filho Mauro Cid – este último, um ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

As investigações sugerem que a comercialização ilícita das joias pode ter ultrapassado a cifra impressionante de R$ 1 milhão. O dinheiro obtido com as vendas das joias teria sido transferido para contas nos Estados Unidos, onde, posteriormente, ocorreram saques em caixas eletrônicos, tornando o escândalo ainda mais abrangente.

A dimensão internacional do caso se tornou aparente quando a PF entrou em contato com o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), ligado ao Ministério da Justiça. Eles buscaram a cooperação do Departamento de Justiça dos EUA para rastrear os fundos nessas contas no exterior. Além disso, a PF solicitou a quebra do sigilo fiscal e bancário de Jair Bolsonaro, indicando a seriedade da situação.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid e Mauro Lourena Cid podem enfrentar não apenas as consequências legais dentro do Brasil, mas também uma possível investigação internacional por parte das autoridades dos EUA.