Bolsonaro assina decreto que reduz salário mínimo
Presidente publica edição extra do Diário Oficial para divulgar a assinatura do decreto em que reduziu valor de referência para benefícios assistenciais e previdenciários da população pobre.
BRASÍLIA — Uma das primeiras medidas depois de eleito foi diminuir os direitos dos trabalhadores, mostrando como serão os próximos dias em seu governo. Um decreto assinado nessa terça-feira pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, fixou o salário mínimo em R$ 998 neste ano. O valor atual é de R$ 954. O decreto foi publicado hoje em edição extra do “Diário Oficial da União”.
A partir de agora, valor ficou abaixo da estimativa do orçamento da União, de R$ 1.006. Esse orçamento foi enviado em agosto do ano passado por Michel Temer ao Congresso.
De acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para o rendimento de cerca de 48 milhões de trabalhadores no Brasil.
Em resposta, parlamentares e personalidades se posicionaram a respeito do novo decreto, confira:
O reajuste do salário mínimo é decretado nos últimos dias de dezembro, mas Temer decidiu delegar o assunto ao seu sucessor. Resultado: aumento abaixo do previsto. A diferença de R$ 106,6 por ano faz muita diferença p quem ganha o mínimo .
— Manuela (@ManuelaDavila) January 2, 2019
Bolsonaro começou "bem": reduziu o salário mínimo que estava previsto para 2019, de R$ 1.006,00 pra R$ 998,00.
— Jean Wyllys (@jeanwyllys_real) January 2, 2019
Parece pouco, mas pra quem ganha um salário mínimo por mês, a diferença é de R$ 106,6 reais por ano. No primeiro dia do novo governo já meteram a mão no seu bolso!
Começou: primeiro ato de Bolsonaro na presidência é assinar decreto com novo salário mínimo abaixo do que foi aprovado pelo Congresso. Era pra ser R$ 1.006,00. Isso faz muita diferença pra quem ganha pouco!https://t.co/wg224g7gHP
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) January 1, 2019
Começou 2019: as duas primeiras medidas do novo governo atingem os mais pobres e os povos historicamente mais perseguidos do Brasil: não aumentar o salário mínimo conforme previsto e retirar a demarcação de terras indígenas da Funai. #Equipe
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) January 2, 2019
https://twitter.com/Debora_D_Diniz/status/1080254387182809089
https://twitter.com/delucca/status/1080305975033282560