Bolsonaristas agressores de Moraes serão investigados por crimes contra a honra e ameaça
Diversos parlamentares e líderes políticos prestaram solidariedade ao ministro e sua família
Diversos parlamentares e líderes políticos prestaram solidariedade ao ministro e sua família
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi alvo de um episódio de hostilidade e agressões por um grupo de brasileiros no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, após sua participação no Fórum Internacional de Direito realizado na Universidade de Siena. As agressões ocorreram na sexta-feira, 14, quando Moraes estava acompanhado de sua família.
A Polícia Federal (PF) já identificou os responsáveis pelo ataque ao ministro e instaurou um inquérito para investigar o caso. Uma mulher identificada como Andréia dirigiu insultos ao magistrado, chamando-o de “bandido, comunista e comprado”. Em seguida, um homem identificado como Roberto Mantovani Filho partiu para agressões físicas contra o ministro, intensificando as agressões verbais. Outro indivíduo, Alex Zanatta, também se juntou ao grupo, proferindo palavras de baixo calão.
O ataque tomou uma proporção ainda mais grave quando Mantovani Filho agrediu o filho de Moraes com um tapa, enquanto o jovem tentava defender seu pai. O agressor, um empresário residente em Santa Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo, é casado com Andréia, e ja foi candidato a prefeito.
Os agressores responderão em liberdade por crimes contra a honra e ameaças. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, entrou em contato com Moraes para expressar solidariedade após o ataque. Porém, o Supremo Tribunal Federal optou por não comentar o caso.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), condenou veementemente o incidente, considerando-o “inaceitável” e destacando que esse tipo de comportamento mina o progresso do país rumo a uma nação civilizada e pacífica.
Jorge Messias, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), utilizou o Twitter para expressar sua opinião sobre o ocorrido, considerando os ataques como inconcebíveis em uma democracia. Ele ressaltou que tais atos são heranças de um tempo em que o Brasil estava doente e enfatizou a importância de que os responsáveis sejam rapidamente levados à justiça, para evitar a repetição de eventos tão lamentáveis.
Diversos parlamentares e líderes políticos também prestaram solidariedade ao ministro e sua família.