Biden reafirma meta de reduzir emissões, mas ambientalistas pedem mais ação
No dia do discurso, EUA “ganhou” o Fóssil do Dia: “Quando se trata de colocar dinheiro na mesa, os EUA desaparecem”
Presença das mais aguardadas na 27ª Conferência do Clima, a COP27, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden fez uma viagem relâmpago para discursar por 20 minutos. Nesta sexta-feira (11), reafirmou o compromisso dos Estados Unidos contra a poluição, prometendo reduzir a emissão de carbono em 50% até 2030, firmado no Acordo de Paris.
Biden disse que os EUA estão “enfrentando a crise climática com urgência e determinação” e que os esforços de seu país vão ajudar a garantir “um planeta mais limpo, saudável e seguro” para todos. Uma das estratégias, que segundo ele, vai ajudar, é seu pacote econômico chamado Lei de Redução da Inflação, que libera em reais, quase R$ 2 trilhões para transição verde.
Aproveitou o momento para redimir o país, que saiu do Acordo de Paris, durante o governo do ex-presidente Donald Trump. “Peço desculpas por termos saído do acordo!”. E foi bastante aplaudido.
Mas de outro lado, não comentou sobre o debate de perdas e danos, discussão sobre compensação dos mais ricos para os países que mais sofrem os efeitos do aquecimento global.
O presidente dos EUA tem sido criticado por ativistas do clima, que acreditam que o governo americano poderia fazer muito mais, principalmente porque é o maior emissor histórico.
Já ao final de sua fala, com um grito, manifestantes chamaram sua atenção segurando uma faixa: “pessoas x combustíveis”. O protesto foi logo abafado por seguranças e Biden continuou.
O dia foi meio agitado para os EUA. Ainda nesta sexta-feira, o prêmio Fóssil do Dia – troféu crítico aos países que deixam a desejar no enfrentamento da crise climática – foi para os Estados Unidos, por falta de ação. “Chega de bobagens e discursos grandiosos, quando se trata de colocar dinheiro de verdade na mesa, os EUA desaparecem de cena”.