Biden pede proibição de fuzis semiautomáticos após mais um massacre no Texas
Este foi o segundo massacre mais mortífero do ano nos Estados Unidos, depois do ataque a tiros em Monterey Park, Califórnia, que deixou 11 mortos em janeiro
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um novo apelo ao Congresso para que proíba a posse de fuzis semiautomáticos, após um homem abrir fogo em um shopping no estado do Texas, no último sábado (6), matando oito pessoas, incluindo crianças.
O ataque a tiros causou cenas de pânico no Allen Premium Outlets, um grande complexo comercial localizado a 40 km de Dallas, que estava lotado no momento. Seis pessoas morreram no local e duas não resistiram aos ferimentos e faleceram no hospital.
Este foi o segundo massacre mais mortífero do ano nos Estados Unidos, depois do ataque a tiros em Monterey Park, Califórnia, que deixou 11 mortos em janeiro.
Em seu comunicado, Biden afirmou: “Mais uma vez, peço ao Congresso que envie um projeto de lei para proibir armas semiautomáticas e carregadores de alta capacidade, que estabeleça verificações universais de antecedentes, exija armazenamento seguro de armas e acabe com a imunidade dos fabricantes de armas”.
No Brasil, direita ultraconservadora avança em suspender decreto de Lula sobre armas
No Brasil, a Comissão de Segurança Pública (CSP) da Câmara dos Deputados, formada na maioria por deputados bolsonaristas, aprovou no final de abril um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para derrubar um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que restringe o acesso e a compra de armas de fogo. A restrição às armas foi a primeira medida assinada por Lula, logo após a posse, em 1º de janeiro.
O acesso a armas de fogo é uma das principais bandeiras da oposição, principalmente da ala bolsonarista, dentro do Congresso Nacional.
Entre as alterações realizadas pelo presidente está a suspensão de novas licenças para CACs (caçadores, colecionadores e atiradores esportivos) e a proibição para portadores do modelo de licença transportarem armas com munição dentro.
Na última semana, o Ministério da Justiça e Segurança Pública prendeu 49 pessoas que deixaram de registrar suas armas. O Ministério acredita que parte dessas armas pode ter ido parar na mão de criminosos, por falta de fiscalização adequada, principalmente pelo Exército.
Segundo dados do Sinarm, o sistema de registro de armas da Polícia Federal, 933 mil armas tinham sido recadastradas, e o ministro Flávio Dino anunciou que o prazo não seria mais estendido.