Benny Briolly, vereadora de Niterói, recebe nova ameaça de morte
A parlamentar precisou sair do país em 2021 por conta da quantidade gritante de ameaças e ataques que vem recebendo. No exílio, a vereadora foi incluída no Programa de Proteção de Defensores e Defensoras dos Direitos Humanos.
A violência de gênero na política infelizmente mais uma vez ameaça a vida das mulheres na institucionalidade. Benny Briolly, a primeira vereadora travesti eleita para legislar em Niterói, que vem relatando desde o início do seu mantado os inúmeros ataques contra sua vida, sofre novamente ameaças de morte.
Desta vez, a parlamentar recebeu um email como o título “Presentinho para o vereador Benny Briolly”, se referindo a parlamentar travesti com pronomes masculinos. Além disso, a mensagem acompanhava uma foto de uma arma e munição. O autor do e-mail colocou em cópia outros parlamentares negros do PSOL como o vereador Matheus Gomes.
A nova ameaça foi registrada na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância e a investigação.
Em uma nota publicada em suas redes, Benny diz que “os endereços de e-mail geralmente carregam nomes que incitam o ódio e a violência. Por isso, a importância de acelerar o processo investigativo: para saber quem está por trás desses ataques. Assim como não sabemos quem mandou matar Marielle, não sabemos quem insiste em ameaçar Benny Briolly e outras parlamentares trans e negras em todo Brasil”.
A parlamentar precisou sair do país em 2021 por conta da quantidade gritante de ameaças e ataques que vem recebendo. No exílio, a vereadora foi incluída no Programa de Proteção de Defensores e Defensoras dos Direitos Humanos.
A partir da garantia de segurança e da atuação de órgão públicos acionados pelo Programa, Benny retornou ao Brasil. No entanto, apesar de todos os órgão considerarem a importância da escolta, a polícia militar se nega a fazer o serviço.
O mandato de Benny Briolly e o Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos (PPDDH) já solicitou ajuda da Câmara de Niterói, do Estado e do PSOL, realizaram inúmeras reuniões com desembargadores, promotores e ministros do STF, mas não houve retorno de segurança para a vereadora.