Um 1º de Maio verdadeiramente histórico ocorreu no Brasil nesse triste ano de 2019. Histórico, porque ali, na Vale do Anhangabaú, todas as Centrais Sindicais estavam unidas contra a reforma da Previdência e pela Greve Geral marcada para o dia 14 de junho.

Uma unidade formada para enfrentar um governo que representa a violenta ofensiva do grande capital contra todos os direitos da classe trabalhadora.

Unidade que também luta pela sobrevivência e reorganização do movimento sindical que Bolsonaro pretende destruir.

Sem contar com uma base organizada, enfrentando o desmonte dos sindicatos e em meio ao enorme desemprego, a Greve Geral precisa ser vista não como a “batalha final”, mas como parte de um processo de acumulação de forças para ampliar a resistência popular ao fascismo governante, que esmaga todas as conquistas históricas dos trabalhadores.

A unidade da classe trabalhadora em torno da Grave Geral é o aspecto mais importante desse 1º de Maio e aquele que todos nós devemos fortalecer. Na esteira dessa luta estaremos ajudando a reconstruir os sindicatos com bases mais fortes.

Por isso, a exigência do momento atual para as esquerdas é focar na principal tarefa de luta e deixar de lado as divergências políticas do movimento sindical, que se tornaram secundárias diante dos enormes desafios da luta contra fascismo e o retrocesso.