Bancos vão negar crédito para frigoríficos que compram gado de áreas desmatadas
Essa é a primeira vez que um protocolo tão detalhado é implementado em um setor específico da economia
No Brasil, os bancos estão implementando medidas para combater o desmatamento ilegal na Amazônia e no Maranhão, restringindo o crédito para frigoríficos e matadouros que não possam comprovar que sua cadeia de suprimentos de gado de abate não contribui para a destruição ambiental.
Essa iniciativa é resultado de um protocolo aprovado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e tem como objetivo promover a sustentabilidade na indústria de carne bovina. Essa é a primeira vez que um protocolo tão detalhado é implementado em um setor específico da economia.
Atualmente, 21 bancos já aderiram a esse protocolo, incluindo as principais instituições financeiras do país, como Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Caixa Econômica Federal (veja a lista completa abaixo).
A pecuária é uma das principais causas de desmatamento na região e o Brasil é o maior exportador mundial de carne. Por isso, o setor tem enfrentado pressões internacionais para garantir que a produção de carne não seja financiada por práticas ilegais por parte dos fazendeiros.
Veja a lista dos bancos signatários:
Banco ABC Brasil S.A.
Banco Bradesco S.A.
Banco BTG Pactual S.A.
Banco Citibank S.A.
Banco Cooperativo Sicredi S.A.
Banco Daycoval S.A.
Banco do Brasil S.A.
Banco do Estado do Pará S.A.
Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A.
Banco do Nordeste do Brasil S.A.
Banco Fibra S. A.
Banco Mercantil do Brasil S.A.
Banco Original S.A.
Banco PAN S.A.
Banco Safra S.A.
Banco Santander Brasil S.A.
Banco Toyota do Brasil S.A.
Banco Votorantim S.A.
Caixa Econômica Federal
China Construction Bank Banco Múltiplo S.A.
Itaú Unibanco S.A.