Por Augusto Edinger para a cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube

O Brasil participa dos jogos paralímpicos desde 1972, edição essa que ocorreu em Heidelberg, na então Alemanha Ocidental. Desde sua primeira participação até a última, em 2020/21, o time Brasil coleciona ao todo 373 medalhas, sendo 109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze. O Brasil figura entre as maiores potências do esporte paralímpico e cresce a cada edição mais, sendo a última de melhor resultado, 72 medalhas ao todo e 7º lugar no ranking geral.

O atletismo é a modalidade que mais trouxe medalhas para o Brasil: ao todo foram 170, 48 ouros, 70 pratas e 52 bronzes. Ele pode ser praticado por pessoas com deficiência física, visual ou intelectual. Temos provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, tanto no masculino quanto no feminino. 

Classificações esportivas

Divididos de acordo com o grau de deficiência constatado pela classificação funcional, os que disputam provas de pista e rua e saltos levam a letra “T” (Track) em sua classe:

T11 a T3 – Deficiências visuais

T20 – Deficiências intelectuais 

T31 a T38 – Paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes; 35 a 38 para andantes)

T40 a T41 – Baixa estatura

T42 a T44 – Deficiência nos membros inferiores sem a utilização de prótese. 

T45 a T47 – Deficiência nos membros superiores 

T51 a T54 – Competem em cadeiras de rodas 

T61 a T64 – Amputados de membros inferiores com prótese 

RR1 a RR3 – Deficiência grave de coordenação motora competindo na petra

Os que fazem prova de campo, recebem a letra “F” (Field) em sua classe

F11 a F13 – Deficiências visuais 

F20 – Deficiências intelectuais 

F31 a F38 – Paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes; 35 a 38 para andantes) 

F40 e F41 – Baixa estatura 

F42 a F44 – Deficiência nos membros inferiores 

F45 e F46 – Deficiência nos membros superiores 

F51 a F57 – Competem sentados (sequelas de poliomielite, lesões medulares, amputações) 

F61 a F64 – Amputados de membros inferiores com prótese

Os atletas com deficiência visual variam entre os que têm ou não acompanhantes, na classe T11 (acuidade visual menor que LogMAR 2.60) é obrigatória, na T12 (acuidade visual de LogMAR 1.50 até 2.60; e/ ou campo visual menor que 10 graus de diâmetro) é opcional, e na classe T13 (acuidade visual de LogMAR 1.40 até 1; e/ ou campo visual menor que 40 graus de diâmetro) não é permitido.

Nas provas de 5.000 metros e 10.000 metros os atletas das classes T11 e T12 podem ter até dois atletas-guias durante o percurso (a troca pode ser feita durante a prova), no caso do pódio somente quem encerrar a prova guiando recebe a medalha.

T11 – Corre ao lado do atleta-guia e usa o cordão de ligação. No salto em distância, é auxiliado por um apoio. 

T12 – Atleta-guia e apoio, no salto, são opcionais. 

T13 – Não pode usar atleta-guia e nem ser auxiliado por um apoio.

Teremos uma imensidão de atletas distribuídos nas mais diversas categorias, buscando resultados inéditos e contando com a sua torcida.