Por: Daniel Körner

Em Paris, será a sétima participação do Triathlon nos Jogos Olímpicos. O Brasil participou de todas as edições, mas nesta Olimpíada será a primeira vez que temos chances reais de medalha. Nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, o Brasil conquistou a medalha de ouro no revezamento misto. O Brasil terá um time completo na modalidade Triathlon Olímpico com dois homens e duas mulheres. Neste ano de 2024 Paris receberá nossos quatro atletas: Miguel Hidalgo, Manoel Messias, Vittória Lopes e Djenyfer Arnold. Juntamente com o técnico catarinense Marcelo Ortiz que fala “tenho ampla confiança que, neste ano, as chances de medalha para o Brasil são reais”. Nossos atletas além de disputardas provas individuais, disputarão o revezamento misto.

Sobre a prova individual

Serão 1500m de natação, 40km de ciclismo e 10km de corrida.

Sobre o revezamento misto:

Quatro atletas em cada seleção, sendo duas mulheres e dois homens, cada um deles faz o mesmo circuito sendo um por vez.

300m de natação

8 km de ciclismo

2 km de corrida.

Regras estabelecidas para a modalidade visam manter uma igualdade de condições para todos os competidores, além de garantir a segurança durante toda a prova. Na zona de transição, onde são os espaços em que os competidores irão trocar os materiais utilizados, como tirar a touca de natação e colocar o capacete, durante a prova e nas estações de transição, não é permitido o contato entre os competidores, se atentando a não esbarrar uns nos outros.

Foto: World Triathlon

Manoel Messias já está consolidado entre os melhores da modalidade por conta de seus resultados. Por enquanto não é favorito nas principais provas, mas é um atleta que o mundo está de olho. Principalmente quando a prova se desenha um pelotão grande no ciclismo. Aí, na corrida, ele consegue se garantir. Em 2021, Miguel Hidalgo foi o campeão do triatlo na primeira edição dos Jogos Pan-Americanos Júnior. Dois anos depois, ele voltou ao lugar mais alto do pódio, agora na versão adulta conquistou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago Chile 2023, marcando a volta do país ao Circuito Mundial.

Foto: World Triathlon

Dependendo da característica da prova, Vittoria Lopes  pode se dar muito bem. Na teoria, para Vittoria, uma prova boa é com a natação muito forte, em que ela conseguisse sair entre as primeiras colocadas. E que consiga chegar na corrida com uma certa vantagem com relação ao pelotão principal e que, quem esteja com ela nas primeiras posições, não sejam aquelas que corram melhor. Djenyfer Arnold após sofrer uma grave lesão em 2022, a atleta viu a batalha para conseguir sua vaga nas Olímpiadas, ficando ainda mais complicada e em 2023 ela passou por um processo difícil até conseguir a sua classificação. A catarinense começou o ano precisando recuperar mil pontos, e teve sucesso. Ela conseguiu alcançar os mil pontos em 2023. Conquistou o ouro no revezamento misto nos Jogos Pan-americanos no Chile, fechando em nono lugar na prova individual da mesma competição.

Expectativas elevadas

As expectativas em torno da participação brasileira no Triathlon são altas, especialmente após os excelentes resultados obtidos em edições anteriores dos Jogos Olímpicos. Com a conquista dessas novas vagas, o Brasil confirma seu compromisso com o esporte e sua busca por medalhas nas Olimpíadas de Paris 2024.

Foto: Gaspar Nóbrega/COB

— É um time muito forte coletivamente e poderá conquistar também um excelente resultado no revezamento. Portanto, diferente dos Jogos entre o ano de 2000 até Tóquio, chegaremos com o time mais forte do triatlo brasileiro aos Jogos Olímpicos — disse Ortiz.

A confiança de Marcelo Ortiz, técnico da catarinense Djenyfer Arnold e de Miguel Hidalgo, não é à toa. Os atletas conquistaram o ouro nos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023 com o quarteto em Paris, na frente de Estados Unidos e Canadá, além do ouro no individual masculino com Miguel Hidalgo.