Atingidos pela Samarco ocupam linha de trem da Vale em Governador Valadares
Após dois anos do rompimento da barragem de Fundão, que pertence às mineradoras Samarco, Vale e BHPBilliton, o ato chamado de “Revolução dos Peixes: se os homens não falam, os peixes falarão” faz a denúncia do maior crime socioambiental do mundo, que matou 19 pessoas, destruiu distritos, despejou rejeito de minério no rio Doce e […]
Após dois anos do rompimento da barragem de Fundão, que pertence às mineradoras Samarco, Vale e BHPBilliton, o ato chamado de “Revolução dos Peixes: se os homens não falam, os peixes falarão” faz a denúncia do maior crime socioambiental do mundo, que matou 19 pessoas, destruiu distritos, despejou rejeito de minério no rio Doce e matou 14 toneladas de peixes.
Cerca de 200 manifestantes utilizam máscaras de peixe para provocar a sociedade sobre ineficácia da atuação humana para punir os responsáveis pelo rompimento da barragem e recuperação do rio. “O tema do ato é simbólico e de denúncia, pois queremos fazer uma reflexão sobre a lentidão da atuação das empresas em querer pagar sua dívida contra a população atingida. Se os homens não fazem, os peixes e o rio farão uma revanche”, explica Ananda, da organização Regenera Rio Doce.
Atingidos organizados no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) também participam do ato para denunciar a atuação das mineradoras, que continuam impunes com o apoio da (in) Justiça brasileira e a lentidão no processo de reassentamento das famílias que perderam casas. “Esses são nossos pontos de denúncias contra a Vale, Samarco e BHPBilliton. O primeiro ponto é a (in) Justiça, segundo a lentidão e terceiro a ausência da participação dos atingidos. Além de denunciar a atuação da Fundação Renova”, comenta Camila Britto, da coordenação do MAB na região.
Participam do ato, o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Movimento Regenera Rio Doce.