Atingidos em luta por direitos e justiça que participam da Jornada coordenada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) participaram, nesta segunda-feira (6), de um ato na entradas das embaixadas da Inglaterra e da Austrália, em Brasília.

Com vestes sujas de lamas, faixas e cartazes, os atingidos fizeram uma manifestação no local enquanto o MAB protocolava um documento nas embaixadas pedindo reparação, repactuação e justiça. “Estamos aqui, os atingidos pelo maior crime ambiental da mineração da história do mundo, na bacia do Rio Doce, em frente às embaixadas da Inglaterra e da Austrália, para denunciar o que a empresa desses países, que é a BHP Billington, fez em nosso país. A BHP, mal tem uma sede no Brasil, uma estrutura, e está aqui ainda ganhando lucros em cima desse crime”, disse Heider Boza, da coordenação nacional do MAB.

Segundo Boza é momento de denunciar esse crime para as embaixadas, num contexto em que uma ação corre na justiça de Londres contra a BHP, movida pelo escritório internacional Pogust Goodhead, com julgamento marcado para outubro de 2024. “Nosso objetivo aqui é entregar um documento pedindo um diálogo, um apoio, para que esses países punam de maneira exemplar, por meio de sua justiça, essas empresas”, reforçou.