Um ataque ao hospital Al-Ahli hospital, na Faixa de Gaza, resultou na morte de pelo menos 500 crianças e mulheres, e palestinos acusam o Estado de Israel de genocídio. Por outro lado, as autoridades israelenses afirmam que o bombardeio foi realizado pelo grupo Jihad Islâmica, que também opera na região, e negaram qualquer envolvimento direto no ataque ao hospital. A Jihad afirmou que Israel está mentindo.

No momento do ataque, Israel conduzia bombardeios na região. Minutos depois, o porta-voz do exército israelense, Hananya Naftali, assumiu que o bombardeio ao hospital havia sido feito pelas forças israelenses, e comemorou. Minutos depois ele apaga a sua mensagem no X (antigo Twitter), e a partir deste momento o Estado de Israel afirma que o bombardeio aconteceu com morteiros da Jihad Islâmica.

Foto: reprodução/X

A Organização das Nações Unidas exige a investigação imediata do bombardeio ao hospital.

O governo que administra a Faixa de Gaza classificou o ataque como um “crime de guerra”. Segundo autoridades palestinas, o hospital em questão abrigava centenas de pacientes, feridos e pessoas deslocadas à força de suas casas devido aos ataques contínuos de Israel.

O Estatuto de Roma, que regula o Tribunal Penal Internacional, considera como crime de guerra “conduzir intencionalmente ataques contra edifícios dedicados à religião, educação, arte, ciência ou fins de caridade, monumentos históricos, hospitais e locais onde os doentes e feridos são recolhidos, desde que não sejam objetivos militares”. O ataque deliberado a hospitais é estritamente proibido por essa convenção.

Brasileiros em Gaza

Os cerca de 32 brasileiros que estão em Gaza aguardam um acordo diplomático para abertura de um corredor humanitário na cidade de Raffah. O deslocamento em massa de palestinos já atingiu mais de 600 mil pessoas, a maioria crianças e jovens. O Brasil negocia a aprovação de uma resolução de cessar-fogo a ser aprovada em mais uma reunião do Conselho de Segurança, nesta terça-feira (18).