Ataque a helicóptero do Ibama em Manaus foi ordenado por garimpeiro, aponta PF
Helicóptero incendiado era responsável por fiscalização de crimes ambientais. Suspeito foi preso em Goiânia.
Suspeito de mandar incendiar os helicópteros do Ibama no Aeródromo de Manaus (AM), Aparecido Naves Junior, de 35 anos, foi preso em um condomínio de luxo em Goiânia nesta quarta-feira (2). Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos depois que três dos envolvidos apontaram Aparecido como autor intelectual do crime. Ele também teria envolvimento com atividades de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima (RR).
A informação foi divulgada pelo jornal A Crítica, do Amazonas. O garimpeiro é alvo da Operação Acauã, deflagrada pela PF para investigar os crimes de incêndio, dano qualificado e associação criminosa que resultaram na destruição total e parcial de duas aeronaves em 24 de janeiro. O prejuízo estimado pela PF é de cerca de R$ 10 milhões.
Além de Aparecido, mais cinco pessoas foram presas: o motorista que fez o transporte de ida e volta dos suspeitos de incendiar as aeronaves; a dupla de executores e outros dois suspeitos responsáveis pela contratação destes, assim como do pagamento pela ação criminosa.
Segundo o superintendente da PF no Amazonas, Leandro Almada, Aparecido teria agido em represália às ações da PF e Ibama, de fiscalização e repressão ao garimpo ilegal em Roraima. “A motivação do crime foi o prejuízo que ele sofreu em ações de fiscalização”, tanto do Ibama, que usou essas aeronaves, quanto da Polícia Federal no decorrer de 2021.