Às lágrimas, deputada denuncia ter sofrido racismo na Assembleia Legislativa de São Paulo
A deputada estadual Thainara Faria (PT) relatou que foi impedida de assinar o livro de presença para parlamentares
A deputada Thainara Faria, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT) e atualmente a mais jovem parlamentar da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), utilizou suas redes sociais nesta sexta-feira (31) para denunciar mais um caso de racismo do qual foi vítima dentro da própria Casa Legislativa.
Em um vídeo publicado em sua conta no Instagram, Faria relatou que foi impedida de assinar o livro de presença para parlamentares, mesmo tendo participado de um evento como deputada por mais de três horas e estar devidamente identificada como tal. Emocionada, a parlamentar questionou se a situação poderia ser apenas um mal entendido.
Na legenda da publicação, Thainara Faria destacou que decidiu compartilhar o vídeo chorando para evidenciar que o racismo não apenas causa dor e sofrimento, mas também pode ser fatal. Além disso, ela ressaltou que é importante mostrar que, mesmo sendo uma figura pública, ela também tem suas fragilidades e momentos de vulnerabilidade.
Ver essa foto no Instagram
Além disso, Thainara Faria relatou que havia solicitado um broche de identificação exclusivo para deputadas e deputados, a fim de evitar passar por constrangimentos do tipo.
Em seu relato, Faria explicou que solicitou o broche para evitar ser vítima de racismo por conta de sua trança e por estar fora dos padrões do ambiente. No entanto, a servidora alegou que o broche era exclusivo para deputados e deputadas, negando a solicitação da parlamentar.
“Isso não é mal entendido, isso é racismo puro, e o pior tipo de racismo que existe, que é o estrutural”, ressaltou a deputada.
Este não foi o primeiro episódio de racismo vivenciado por Thainara Faria. Logo em seu primeiro dia como deputada, em 15 de março, ela afirmou ter sido confundida com uma assessora diversas vezes e denunciou a questão racial envolvida no episódio. “Por mais de dez vezes, fui confundida com uma assessora e foi muito difícil para mim, porque consigo materializar o racismo naquele espaço”, disse em entrevista ao Brasil de Fato na ocasião.