Após votação recorde em Minas Gerais, Duda Salabert pode ser a primeira trans no Congresso
Professora, ativista e ambientalista, agora busca se eleger ao Congresso Nacional
Duda Salabert é professora, ativista e ambientalista. Se notabilizou como a primeira candidata trans ao Senado e a vereadora mais votada da história de Belo horizonte. Agora, ela busca se eleger ao Congresso Nacional
Duda Salabert se notabilizou em 2018 ao ter se tornado a primeira pessoa transexual a se candidatar ao cargo de Senadora da República e em 2020 foi a vereadora mais votada da história de Belo Horizonte. Desta vez, a professora belo-horizontina que dedicou toda sua atuação na pedagogia para a educação popular na rede pública e privada está candidata à deputada federal pelo PDT de Minas Gerais.
Em 2018, Duda foi a 4° mulher mais bem votada da história de Minas Gerais como candidata ao Senado pelo PSOL e o número de votos foi maior do que o candidato eleito a governador na época, Aécio Neves. Na ocasião, ela havia obtido mais de 350 mil votos. Em 2020, ela se se elegeu para a Câmara de Vereadores da capital mineira, com uma votação recorde com mais de 37 mil votos, segundo o TSE.
Duda tem 41 anos e afirma que decidiu se filiar a um partido político após o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff (PT) em 2016. “Vi a urgência de estar no espaço político partidario devido aquele show de horrores”, revela.
Ela diz sempre a frase: “eu posso estar na política, mas sou professora”. Segundo ela, o papel dela em sala de aula é mais importante que no espaço legislativo, onde se cria e fiscaliza leis. Na sala de aula, é possível criar novas consciências. “O que muda o mundo não são novas leis, mas novas consciências”.
Além de professora, Duda também faz ativismo pelo meio ambiente e é uma das lideranças pelo tombamento da Serra do Curral, que esta ameaça pela mineração. Ela é uma das vozes no campo da esquerda com uma postura radical contra as mineradoras. “Não tem como em Minas Gerais você minerar sem destruir os nossos aquíferos, nossos reservatórios de água. Nós estamos num contexto de emergência climática, crise hídrica e ainda há pessoas no campo progressista que falam de mineração sustentável. Isso não existe! Toda mineração é um elemento para manter o Brasil na condição de colônia”, declara.
Duda alerta que somos a última geração capaz de frear a mudança climática. “Se fracassarmos nessa luta, isso significa o fracasso de nós enquanto espécie no planeta”, diz.
Campanha de Mulher
Esta entrevista faz parte da Campanha de Mulher, projeto autônomo de visibilidade para candidaturas feministas da ELLA – Rede Internacional de Feminismos.
A Campanha de Mulher é um trabalho informativo voltado ao interesse público, não configurando assim uma propaganda eleitoral. Reafirmamos nosso comprometimento com a defesa da democracia e com as pautas defendidas pelas candidaturas progressistas.
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