Após o Exército de Israel, liderado por Netanyahu, causar a morte de mais de 5 mil crianças palestinas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta quarta-feira (15) uma resolução que busca conter a tragédia humanitária na Faixa de Gaza. A medida inclui uma pausa nos bombardeios israelenses para permitir o acesso urgente de ajuda humanitária à população civil palestina.

Para o Itamaraty, a aprovação era importante não apenas para atender aos palestinos, mas também para restaurar a credibilidade do Conselho, que não aprova uma resolução nos últimos oito anos.

A proposta, apresentada por Malta, foca na proteção de crianças e exige a liberação dos reféns israelenses em Gaza. O texto não classifica nominalmente as ações como “atos terroristas” e não condena explicitamente Israel, mas estabelece diretrizes para a proteção de serviços básicos em Gaza e reparos emergenciais em infraestruturas essenciais. O Brasil lamentou esta ausência, pontuou o jornalista Jamil Chade.

Israel rejeitou a proposta, condicionando sua aceitação à libertação dos reféns. Brasil e outros membros não permanentes do Conselho de Segurança comemoraram a aprovação, enquanto Estados Unidos, Reino Unido e Rússia optaram pela abstenção.

Vanessa Frazier, representante permanente de Malta na ONU, enfatizou as consequências devastadoras do conflito para civis antes da votação. A resolução marca a primeira proposta a obter consenso no Conselho de Segurança sem o uso de veto por parte dos EUA e Rússia.

A aprovação ocorreu no mesmo dia em que forças israelenses realizaram uma operação militar no maior hospital de Gaza, alegando presença do terroristas no local. O conflito já resultou em 1.402 mortos do lado israelense e 11.500 na Faixa de Gaza, incluindo as mais de 5 mil crianças palestinas vítimas dos bombardeios.

Na última segunda, os brasileiros repatriados de Gaza chegaram ao Brasil e foram recebidos pelo presidente Lula e ministros de Estado.