Após começo difícil, tratado da ONU contra poluição por plásticos avança
O objetivo é conter uma explosão alarmante de resíduos plásticos, que deve quase triplicar até 2060
O objetivo é conter uma explosão alarmante de resíduos plásticos, que deve quase triplicar até 2060
Em um encontro organizado pela França e pelo Brasil, aproximadamente 175 nações se uniram em um compromisso inovador: desenvolver um tratado global pioneiro para combater a poluição plástica até o final do próximo ano. A decisão histórica foi tomada durante uma reunião realizada na sede da Unesco em Paris.
O objetivo é conter uma explosão alarmante de resíduos plásticos, que, de acordo com um relatório de 2022 da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, deve quase triplicar até 2060. Atualmente, cerca de metade desses resíduos acaba contaminada em sanitários, enquanto menos de um quinto é reciclado.
Representantes de países, organizações não governamentais (ONGs) e líderes da indústria se reuniram na França na semana passada para a segunda rodada de negócios das Nações Unidas, visando estabelecer um pacto legalmente vinculativo
Embora os primeiros dias das ações tenham sido dedicados a questões processuais, as delegações se dividiram em dois grupos para debater uma ampla gama de medidas de controle que poderiam ser adotadas para combater a poluição plástica. Além disso, discutiram se os países devem estabelecer planos nacionais ou metas globais para enfrentar esse desafio global.
Ao encerrar a sessão na última semana, os países concordaram em elaborar um “rascunho zero” que servirá como base para um tratado juridicamente vinculativo sobre o uso do plástico.
Essa reunião histórica marcou um passo importante em direção à conscientização e à ação global para enfrentar a conduta plástica. A colaboração entre países, organizações e indústria é essencial para encontrar soluções eficazes e preservar nosso planeta para as gerações futuras.
No início, houve um impasse que durou mais de dois dias, centrado nas regras de procedimento das discussões.
Arábia Saudita, Rússia e China lideraram as objeções ao uso de decisões por maioria de votos em vez do consenso unânime. Enquanto isso, um grupo informal chamado “High Ambition Coalition”, composto por países da União Europeia, Japão e Chile, defendeu a implementação de metas globais para reduzir a produção e combustível de plásticos, além de impor restrições a certos produtos químicos perigosos.
Por outro lado, países como Estados Unidos e Arábia Saudita apreciam a preferência por planos nacionais para abordar o problema.