Nesta quinta-feira, pré-candidatas a vereadores de diversas cidades do Brasil uniram forças para lançar a Ganja Coletiva, uma articulação inovadora com o objetivo de fortalecer candidaturas comprometidas com a pauta da maconha. A iniciativa busca criar uma rede colaborativa onde essas candidatas possam compartilhar propostas, tecnologias e estratégias para inserir a maconha nas políticas municipais.

A Ganja Coletiva está focada em oito eixos principais: trabalho, educação, cuidado, segurança pública, meio ambiente, saúde e cultura. “Muitos acreditam que a evolução dessa pauta só pode acontecer na esfera federal, mas uma vereadora tem um papel crucial a desempenhar nesse debate, especialmente na elaboração de políticas de saúde”, afirmam as organizadoras. Elas ressaltam que todo recurso destinado à saúde, seja da Federação ou do Estado, é administrado pelos municípios, permitindo uma ampla margem de ação para as vereadoras.

Exemplos de cidades como Volta Redonda, Arraial do Cabo, Salvador, Florianópolis e Campina Grande mostram que é possível implementar serviços que forneçam medicamentos à base de cannabis pelo SUS.

Esses municípios já oferecem assistência e treinamento de profissionais para acompanhar a população, demonstrando que a iniciativa pode ser replicada em outros locais. Além disso, as vereadoras têm a função de fiscalizar todas as atividades na cidade, desde a atuação das forças policiais até políticas de redução de danos, educação, prisões e assistência social.

Até o fechamento desta matéria, 17 pré-candidaturas já compunham a Ganja Coletiva, e a lista continua aberta para novas adesões. Esta articulação promete trazer uma nova perspectiva sobre a utilização da maconha nas políticas municipais, fortalecendo a discussão e propondo soluções concretas para a sociedade.

A Ganja Coletiva surge em um momento crucial para o debate sobre a descriminalização da maconha no Brasil, especialmente considerando as recentes discussões no Supremo Tribunal Federal sobre o tema.

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