O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu início nesta segunda-feira (14) a uma auditoria para investigar a fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre a concessionária Enel após um apagão que deixou mais de 2,6 milhões de pessoas sem energia na região metropolitana de São Paulo. A falha ocorreu após um forte temporal que atingiu a área na sexta-feira (11) e escancarou os desafios na gestão dos serviços de energia em situações de crise climática.

Além da auditoria, a administração federal notificou a Prefeitura de São Paulo, solicitando explicações sobre a alegação da Enel de que a queda de árvores estaria atrasando o restabelecimento completo do fornecimento. Wadih Damous, secretário nacional do Consumidor, questionou a regularidade das podas de árvores e a existência de mapeamento de pontos críticos por parte da prefeitura. A medida visa entender melhor o papel do município na prevenção de situações como a atual.

A reunião emergencial, realizada no domingo (13), entre a Aneel, a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) e empresas de energia, concluiu que a resposta da Enel foi aquém do esperado. As autoridades afirmaram que a concessionária ainda não apresentou uma previsão clara para restabelecer completamente a energia aos consumidores afetados, aumentando a pressão sobre a empresa em um momento de forte exposição pública.

*Com informações da Folha