A Polícia Federal determinou que o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, deverá devolver os valores recebidos como remuneração durante o período em que esteve preso. Torres, que é delegado da corporação policial, recebe uma remuneração bruta de cerca de R$ 30 mil.

O magistrado permaneceu preso por quatro meses, desde sua detenção, em janeiro, por ter sido apontado como um dos facilitadores da invasão à sede dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios, ocorrida enquanto atuava, ainda, como secretário da Segurança Pública do Distrito Federal. Além disso, uma proposta de decreto para o golpe de Estado foi apreendida em sua casa.

A medida tomada pela Polícia Federal é baseada em notas técnicas do Ministério do Planejamento, emitidas em 2013 e 2020, que retiram dos servidores federais o direito à remuneração durante períodos de detenção preventiva ou temporária, uma vez que estão afastados de suas funções.

Além da determinação de reembolso dos rendimentos recebidos, a Polícia Federal também abriu um procedimento administrativo interno, em maio, conforme noticiado pela CNN Brasil. Tal procedimento avalia a possibilidade de exonerar Torres de suas funções como delegado da corporação.