Conforme o MapBiomas, apenas 57% da vegetação nativa da Caatinga permanecem intactos no Nordeste. Enquanto isso, a indústria do gesso está expandindo a atuação e a lista de crimes ambientais. A atuação ilegal e legal gera um desmatamento de uma área equivalente 11 mil campos de futebol, para gerar lenha.

Concentrada principalmente no polo gesseiro de Pernambuco, a produção de gesso depende da queima de grandes quantidades de madeira, resultando em um impacto ambiental devastador.

Com a vegetação sendo removida, a Caatinga enfrenta um risco crescente de desertificação, agravado pela falta de cobertura vegetal que retém a umidade do solo.

O polo gesseiro de Pernambuco, localizado a 700 km do Recife, é responsável por 97% da produção de gipsita no Brasil, detendo a quarta maior reserva mundial desse mineral. A dependência da lenha tem levado as empresas a buscar madeira cada vez mais distante, aumentando os custos e o impacto ambiental.

Houve um aumento de 500% nas apreensões em 2023, pela Polícia Rodoviária Federal, o que demonstra uma explosão de derrubada de árvores.