Aluno de escola cívico militar no DF é jogado no chão e algemado em ação truculenta da polícia militar
Em vídeo divulgado nas redes sociais, é possível ouvir outros alunos tossindo em decorrência do uso do spray de pimenta, atitudes que claramente violam o Estatuto da Criança e dos Adolescentes (ECA).
Estudantes do Centro Educacional 1 (CED), que tem modelo cívico como gestão militar compartilhada, relatam ter sofrido violência dos policiais militares que comandam a escola. O caso aconteceu na última segunda (30/5) e a escola fica localizada na Estrutural, Brasília, Distrito Federal.
Através de um vídeo que vem sendo compartilhado nas redes sociais, é possível ver um aluno menor de idade sendo algemado e prensado com força no chão. Além disso, é possível ouvir outros alunos tossindo em decorrência do uso do spray de pimenta, atitudes que claramente violam a Lei Federal 8.069/1990, conhecida como Estatuto da Criança e dos Adolescentes (ECA). A situação começou com uma briga entre dois alunos no pátio do colégio.
Em seguida, com a chegada da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) em várias viaturas, outros alunos foram prejudicados. De acordo com um adolescente que estuda no CED 1 — que preferiu não se identificar —, um colega chegou a desmaiar com o cheiro do spray.
“Os meninos começaram a brigar e foram para a direção. Depois disso, várias viaturas chegaram na escola, e eles usam spray de pimenta, só que o cheiro era muito forte. Foi nesse momento que a minha amiga desmaiou e ficou no chão, pois não conseguia levantar. Ela tentou, mas caiu de novo e ela foi para a direção”, relatou.
Um profissional que trabalha no local, que preferiu não se identificar, confirmou ao Correio Braziliense que os fatos aconteceram na última segunda-feira (30/5), e que os alunos ficaram aterrorizados.
“Teve uma briga sim, e os policiais da escola, pela falta de preparo, jogaram o aluno no chão, algemaram, e chamaram reforços. Esses reforços entraram na escola batendo nos alunos com cassetete e jogando spray de pimenta. Uma das adolescentes chegou a desmaiar com o cheiro”, afirmou.