Alunas do Colégio Carmela Dutra, no Rio, protestam contra assédio de professores
Alunas relatam toques inoportunos, falas constrangedoras e abordagens excessivas em denúncias contra dois professores
Alunas do Instituto de Educação Carmela Dutra, em Madureira, na Zona Norte do Rio, organizaram um manifesto, na última sexta-feira (25), contra o assédio que têm sofrido de dois professores da instituição. Com cartazes com dizeres como: “meu uniforme não é convite”, diversos relatos envolvendo falas constrangedoras, toques inoportunos, abordagens e situações graves de assédio contra menores de idade foram divulgados à imprensa. Mães e pais também estiveram no ato.
O colégio, que é orientado para a formação de docentes, adota o uso tradicional do uniforme de normalista, com saia para meninas e meias três quartos.
Alunas do Colégio Carmela Dutra, no Rio, organizaram um manifesto contra o assédio de professores. Relatos envolvendo falas constrangedoras, toques inoportunos e situações graves de assédio foram divulgados à imprensa. Leia mais: https://t.co/e96dthsGTl
Video: Super Rádio Tupi pic.twitter.com/YG8IRuvh4U
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) February 28, 2022
“Os professores estão assediando meninas e passando a mão. Tem vídeo de professor sarrando na mesa e fazendo gestos”, contou uma estudante à Super Radio Tupi. “O diretor da escola está tentando abafar o caso. Isso está indignando todo mundo”.
“Eu estava tirando uma dúvida com ele (o professor) e simplesmente senti sua mão na minha cintura e vi a outra segurando ‘as calças’. Fui chegando para o lado para me afastar e disse que depois mostraria para ele, que ia corrigir algumas coisas”, contou outra garota à reportagem do jornal Globo. “Ele disse que não precisava e ficou mexendo na calça o tempo inteiro que eu estava lá. Eu fiquei super desconfortável no dia”.
A mesma aluna relata ainda que o professor tentava olhar debaixo de sua saia, quando ela subia na cadeira para escrever no quadro.
Outros relatos de outras meninas mencionam o professor já “ajeitou o pênis e fechou o zíper no meio da aula”, “olhou para os peitos” de uma estudante e disse coisas como “você tem uma energia espiritual tão bonita que chama atenção”.
Conforme a reportagem do Globo, a Secretaria de Estado de Educação afirmou que um dos professores foi afastado após receber uma denúncia e que abriu uma sindicância para apurar os casos.