Por Daniella Longuinho, da Agência Brasil

O governo brasileiro fez um chamamento aos países desenvolvidos, agências e iniciativa privada para adesão à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, durante sessão plenária do Comitê de Segurança Alimentar, realizado nesta segunda-feira (21), na sede da FAO, Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, em Roma.

No encontro, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, tratou da ação, pactuada no âmbito do G20, – grupo que reúne as maiores economias do mundo.

“Um momento importante para posicionar o Brasil para a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza junto com outros países, agora esperando a cúpula em novembro e bons resultados a partir daí”.

Durante o evento, foi apresentado o Relatório da ONU sobre Insegurança Alimentar Mundial. Wellington Dias destacou que a América Latina foi uma das poucas regiões que teve melhora, e falou da experiência positiva do Brasil.

“Infelizmente, o mundo, praticamente, não conseguiu dar passos nesta área. E, aqui, o destaque, o Brasil, com a redução de 24,4 milhões de pessoas que estavam na insegurança alimentar. Uma redução que quando a gente separa insegurança alimentar severa, chegou a 85%, e ainda com a redução da extrema pobreza e da pobreza”.

A Aliança Global é proposta pelo governo brasileiro em um momento de aumento persistente da fome no mundo.

Segundo dados recentes da FAO, cerca de 733 milhões de pessoas passaram fome em 2023, o equivalente a uma em cada 11 pessoas no mundo. Na África, região com a maior insegurança alimentar, esse índice chega a 20%, ou uma em cada cinco pessoas.

A Aliança Global busca mobilizar os fundos existentes e melhor organizá-los, com foco nos mais pobres e na implementação de políticas nacionais em larga escala.