Aliado da família Bolsonaro, Steve Bannon se entrega em Nova York
Ex-assessor de Donald Trump é acusado de lavagem de dinheiro, conspiração e esquema de fraude de fundo
Após se entregar às autoridades nesta quinta-feira (8), um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra Steve Bannon sendo algemado e encaminhado à prisão, em Nova Yorque.
O guru da extrema-direita mundial, ex-estrategista-chefe da Casa Branca e aliado de Donald Trump, está sendo indiciado por lavagem de dinheiro, conspiração e esquema de fraude de fundo arrecadado para construir um muro na fronteira com o México. São seis acusações no total, por lavagem de dinheiro e conspiração.
Veja o vídeo de Bannon algemado:
Steve Bannon algemado passando pela sua TL nesse momentohttps://t.co/ORzlJzCHxf
— Observatório Internacional (@observint) September 8, 2022
Bannon é um dos responsáveis pela estratégia de disseminação de fake news que levou seu campo político a êxitos importantes na política mundial. Ele foi um dos principais estrategistas das eleições vitoriosas de Trump em 2016. Depois disso, ele trabalhou no governo dos EUA como estrategista-chefe da Casa Branca, até que, em 2017, ele e Trump se desentenderam.
Bannon também é próximo da família Bolsonaro e ajudou na campanha de 2018, que o levou ao Palácio do Planalto. O líder da extrema-direita teve influência no Brasil através de negociações com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de Jair Bolsonaro. Eduardo é apontado como um dos articuladores do “gabinete do ódio”, responsável por disseminar fake news contra adversários partidos políticos. Bannon chegou a nomear Eduardo Bolsonaro como “líder sul-americano de movimento populista de direita.
Bannon foi acusado em um tribunal federal de fraudar doadores de um fundo de US$ 25 milhões para construir um muro ao longo da fronteira EUA-México. Os promotores da época o acusaram de desviar mais de US$ 1 milhão de doações para pagar despesas pessoais. Bannon será sentenciado no caso federal em 21 de outubro e pode pegar até dois anos de prisão federal.
O novo indiciamento ocorre menos de dois anos após Donald Trump ter perdoado Bannon de acusações de fraude federal. O perdão a Bannon foi dado nas horas finais do mandato presidencial de Trump e tem validade apenas em instância federal, portanto não pode anular acusações de nível estadual.