Por Vitor Abdala, Tatiana Alves / Agência Brasil

A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva de um agente socioeducativo acusado de estupro em unidade de internação feminina de adolescentes do Departamento Geral de Ações Socioeducativas do estado (Degase).

Ele responde por diversos crimes de estupro de vulnerável contra internas na unidade Professor Antonio Carlos Gomes da Costa, na Ilha do Governador, na zona norte da cidade do Rio, em 2021.

A decisão foi tomada pelo 6º Juizado Especial da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital. Outro agente denunciado pelo crime já está preso.

A investigação começou a partir de denúncias feitas por internas adolescentes, que relataram ter sido submetidas a uma rotina de violência sexual dentro da unidade.

Depois das denúncias, a cúpula do Degase foi afastada pelo secretário estadual de Educação, Alexandre Valle, em julho do ano passado.

Ao todo, cinco agentes são investigados. O caso já levou ao afastamento do diretor da unidade e exoneração pelo governo do estado de quatro agentes, todos suspeitos de abusos sexuais contra internas, incluindo uma menina de 13 anos. O caso tramita sob segredo de Justiça, o que impede a divulgação de mais informações.

A Força-Tarefa foi instituída para fiscalização de Unidades Socioeducativas de Internação do Degase. Ela é voltada à prevenção e apuração de condutas, como maus-tratos e tortura, por parte de agentes, que deveriam zelar pela segurança dos adolescentes e jovens em cumprimento de medida socioeducativa de internação.

O Departamento Geral de Ações Socioeducativas é um órgão vinculado à Secretaria de Estado de Educação.O Degase foi procurado para comentar sobre a prisão preventiva do agente, mas não deu resposta até o fechamento dessa matéria.

Publicado originalmente na Agência Brasil