Abraço cura?
Abraço não é só um carinho. Ajuda na saúde mental e regula o organismo
Fotos: Luiz Otávio Fotografia
Abraços grátis, pedaladas e orientação sobre Saúde Mental. Quem passou pelo Campo de São Bento, em Niterói, no último domingo, 14, foi surpreendido pela iniciativa do Coletivo Virgínia Bicudo, em parceria com a Campanha Janeiro Branco, que distribuiu abraços e prestou orientações sobre saúde mental. A ideia surgiu com a proposta de unir a tradicional pedalada que acontece na cidade, o acolhimento do Virgínia Bicudo e as ações internacionais do Janeiro Branco sobre saúde mental.
“Eu acho muito bom. A gente troca um pouco de energia, recebe energias positivas e afeto, o que hoje está faltando muito. Sentimos falta do calor humano e isso é muito muito importante”, afirmou William Feitosa, técnico contabilista. Quando ficou sabendo que a “bicicletada musical” ocorreria no mesmo dia e praticamente na mesma hora, a jornalista Carol Maciel entrou em contato com Luiz Araújo, que abraçou a ideia. “Assim que eu vi nas redes sociais que o Pedal Sonoro faria ação no mesmo dia, entrei em contato para saber da viabilidade de fechar o evento em clima divertido, alegre e contagiante. Quem foi, viu. Foi incrível”.
“Foi uma iniciativa legal, essa junção de ideias maneiras. Eu gosto de dar um ‘rolê’ de bike, estou sempre andando, me faz feliz. Se a gente está pensando em juntar coisas que façam as pessoas liberarem a felicidade, como a endorfina e todas as questões químicas vale muito”, destacou a vendedora Rafaela Cardoso.
Especialistas garantem que além da sensação de bem-estar e satisfação imediatas, que o abraço proporciona, muitos outros benefícios, tanto físico, como emocional de quem for envolvido em um abraço.
Essa troca afetiva é comprovada cientificamente, pessoas que dão e recebem abraços frequentemente diminuem o batimento do coração e a pressão sanguínea, diminuindo a possibilidade de doenças cardíacas. O sistema imunológico também se fortalece já que o hormônio responsável por combater infecções no organismo funciona de forma regular com essa prática, além disso, outro hormônio liberado no abraço é a ocitocina, o hormônio do amor, que proporciona sensação de prazer, bem-estar físico, emocional e uma forte sensação de segurança, destaca o psicólogo do Coletivo Virgínia Bicudo, Henrique Barreto.
Por fim, de acordo com psicólogo Leonardo Abrahão, idealizador da Campanha Janeiro Branco, apesar da necessidade evidente de colocar o assunto em pauta, muito pouco ainda se discute a respeito. “Através da Campanha Janeiro Branco pretendemos estimular a criação de uma ‘cultura da saúde mental’ no mundo e, ao mesmo tempo, difundir um conceito ampliado de Saúde Mental / Saúde Emocional como um estado de equilíbrio – individual e coletivo – sem o qual não é possível viver satisfatoriamente em sociedade.”
Em Niterói, o Coletivo Virgínia Bicudo se reúne em roda de conversa um domingo por mês para ouvir, acolher e sensibilizar quem sofre de ansiedade generalizada, síndrome do pânico e depressão.
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