A objetificação da mulher nos detalhes do Fantástico
No famoso quadro dos cavalinhos sobre Futebol no Fantástico os papéis de gênero infelizmente são reforçados de novo.
Por Fernanda Nascimento | Copa FemiNINJA
No último domingo (9), estreamos na Copa do Mundo de Futebol Feminino e também uma nova etapa do quadro dos “cavalinhos” do programa Fantástico da emissora Globo. E apesar de começar com a “eguinha” afirmando ser a melhor opção para comentar o show da seleção brasileira, o momento termina com o “cavalinho” (a versão masculina da mascote) completamente apaixonado por ela.
Para alguns, a cena pode até parecer simpática, mas ela retrata como a figura da mulher como objeto de desejo está enraizada na sociedade. É que até em um momento, que deveria ser de pura representatividade para elas, o sexo feminino acaba por ser retratado como par, algo que está ali para o desejo masculino, e não como figura única, com metas próprias sob os holofotes dos seus méritos. Isso porque não estamos falando sobre o fato da heteronormatividade colocada no quadro. Em um dia tão importante para as mulheres brasileiras e o futebol feminino, o Fantástico tenta agradar e dá uma grande mancada, perpetuando o papel submisso das mulheres.