Por Luiza Melo para a NINJA Esporte Clube

A capoeira que conhecemos hoje teve sua origem durante o regime escravocrata no Brasil, sendo trazida por alguns povos do continente africano e modificado no nosso país. Símbolo de resistência e cultura, a capoeira, essa mistura de dança e luta, deixa qualquer um fascinado. O esporte é dividido em dois estilos: a capoeira angola e a regional.

Capoeira Angola:

Criada por mestre Pastinha, consiste em um jogo mais cadenciado, com o ritmo do berimbau numa pegada mais lenta e com expressões corporais mais marcadas.

Capoeira Regional:

Criada em 1928 por mestre Bimba, é a mistura do batuque um pouco mais acelerado com o jogo da capoeira angola, voltado mais para a luta em si.

Os instrumentos:

Advindos em sua maioria da umbanda e do candomblé, os instrumentos são a beleza dos jogos de capoeira. A origem do berimbau que é usado na capoeira contemporânea é genuinamente brasileira, totalmente diferente dos berimbaus africanos, isso o torna único com esse formato. Já o pandeiro é árabe, e foi trazido pelos portugueses durante a colonização. O atabaque é um instrumento afro-brasileiro, bastante usado em terreiros. E o agogô era usado pelos povos Yorubá, Igala e Edo da Nigéria, que trouxeram para cá quando foram escravizados.

‘A importância da capoeira em minha vida é que ela é um instrumento em que eu posso ajudar outras pessoas, não envolve só a luta, envolve educação’, afirma o graduado da Escola Massapê, Gabriel.

O professor pratica capoeira há 12 anos e fala o quanto o esporte mudou a sua vida e a vida de todos ao seu redor: ‘Outra importância é a sua saúde física e mental, ela me ajuda a ser paciente, a ser um bom pai, um bom marido, sempre dando atenção a minha família e me expressar melhor, saber conversar, fazer tudo com calma e sabedoria, essa é a importância da capoeira em minha vida.’

Quando perguntado ao professor sobre a desvalorização da capoeira, respondeu: ‘Acredito que seja sim, principalmente pelo governo. Isso é muito triste, porque a capoeira é um símbolo de cultura para o nosso país, né.’