A força feminina no tênis brasileiro em Paris
Conheça as tenistas que representarão o Brasil na Olimpíada de Paris 2024.
Por: Luiza Ramalho
O esporte que protagonizou a medalha inédita mais inesperada e celebrada de Tokyo em 2021 está de volta para a Olimpíada de Paris 2024: o tênis!
Dessa vez, seguindo o caminho da delegação olímpica do Brasil, a seleção de atletas que irá representar o tênis brasileiro também é predominantemente feminina.
Conheça Bia Haddad, Laura Pigossi e Luisa Stefani com a Mídia Ninja.
Relembrando o tênis brasileiro nas Olimpíadas
O tênis teve sua estreia junto com os próprios Jogos Olímpicos, no ano de 1896 em Atenas. Nesta primeira edição o esporte foi disputado apenas por homens, mas já em 1900 a categoria simples feminino se tornou parte da competição.
Já na primeira edição as mulheres fizeram história no tênis: a primeira medalha de uma mulher em Olimpíadas é do tênis, com a britânica Charlotte Cooper.
Até 2021 a melhor campanha do Brasil no esporte era a 4º posição de Fernando Meligeni, nos jogos de 1996 em Atlanta.
Mas há 3 anos Laura Pigossi e Luisa Stefani fizeram história!
Fazendo valer o ditado de que as últimas serão as primeiras, Laura e Luisa só foram convocadas para Tóquio alguns dias antes da abertura e ficaram com a última vaga na chave de duplas.
Apesar da grande experiência das duas tenistas e de se conhecerem desde a infância, a dupla nunca havia jogado junto. Mas a conexão em quadra foi inegável!
E foi assim que, no dia 31 de julho de 2021, Laura Pigossi e Luisa Stefani garantiram o bronze e se tornaram as primeiras medalhistas olímpicas do tênis brasileiro.
Em Paris, Laura e Luisa não irão jogar juntas. Luisa forma dupla com Bia Haddad, enquanto Laura irá disputar apenas a chave simples. Conheça as atletas!
Bia Haddad
“É uma gratidão mesmo estar participando pela primeira vez, estou com objetivo aqui, vim para trabalhar muito duro, para conquistar uma medalha para o Brasil. Claro que tem toda essa gratidão, mas estou com um friozinho na barriga, ansiosa para a primeira rodada e animada.”, afirmou em entrevista para a Globoplay.
Beatriz Haddad Maia, tem 28 anos e nasceu na capital de São Paulo. A atleta foi influenciada a jogar tênis pela mãe e começou no esporte com apenas 5 anos.
Essa é a sua primeira Olimpíada, mas no ano passado fez história em Roland Garros: foi semifinalista na competição e ficou no top 10 de simples, algo inédito para uma tenista do Brasil na Era Aberta, de acordo com o portal GE.
O prestígio de Bia está dentro e fora das quadras: ela foi homenageada na lista Forbes Under 30 2022.
A atleta também joga (e conquista títulos) nas duplas e em 2022 chegou a final do Australian Open. Diferente do que aconteceu em Tóquio, Bia e Luisa já tem experiência em diversas competições como dupla.
Luisa Stefani
“Estou muito animada para a Olimpíada de Paris. Será um torneio diferente de qualquer outro que já participei, mas meu maior foco é me colocar na melhor posição possível para chegar lá e aproveitar. A Luisa que estará lá é alguém que se olha no espelho e vê uma menina de bem com a vida.”, revelou em entrevista para a revista Glamour.
Atualmente com 26 anos, Luisa nasceu na cidade de São Paulo e começou a jogar tênis aos 10 anos na escola. Com o incentivo dos pais e um irmão mais velho que também praticava o esporte, aos 12 anos já estava participando de competições.
Luisa Stefani chegou a cursar publicidade e participou do circuito universitário nos Estados Unidos, um passo de grande importância para o seu desenvolvimento.
A modalidade de destaque da tenista são as duplas e Luisa é atualmente uma das melhores duplistas do mundo, com 27 títulos na carreira e a 12º colocação no ranking de duplas WTA (Women ‘s Tennis Association – Associação feminina de Tênis).
A história de Luisa conta ainda com um grande susto: em setembro de 2021 ela sofreu uma ruptura no ligamento anterior cruzado. Após quase um ano de recuperação, ela retornou às quadras em setembro de 2022 e já voltou com mais títulos!
Em 2023, ao lado de Rafael Matos, Luisa foi campeã do Australian Open, sendo a primeira dupla de brasileiros a conquistar o título juntos. A atleta ainda soma três medalhas em Jogos Pan-Americanos.
Laura Pigossi
“Com certeza vou deixar minha alma, meu coração, uma energia toda dentro daquela quadra e vou representar o Brasil da melhor maneira possível. E isso são as coisas que eu posso controlar, e vou dar meus 100%. A grande verdade é que realmente um dos meus maiores sonhos é poder conseguir uma medalha olímpica de ouro para o Brasil”, declarou em entrevista para o Olympics.com.
Laura Pigossi, de 29 anos, toca violão, não sabe cozinhar e gosta de desenhar: essas foram as 3 curiosidades que ela contou para o Drops CBT.
Mais uma paulistana, Laura começou a praticar o tênis aos 6 anos, por influência do pai e do irmão. Já com 15 anos se mudou para Barcelona, na Espanha, onde continuou a jogar e a se profissionalizar.
Atualmente é a número 110 da WTA e seus principais títulos são na disputa de simples, como o WTA 125 de Buenos Aires e o ITF W60 de Pretória, na África do Sul. De acordo com o portal GE, a tenista ainda soma 43 troféus na modalidade de duplas.
Laura tem paixão por defender o Brasil e cresce nessas competições. Além do histórico bronze com Luisa Stefani na Olimpíada de Tóquio, também conquistou duas medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2023: uma na modalidade simples e outra nas duplas, novamente com Luisa.
Onde e quando assistir ao tênis brasileiro nas Olimpíadas
Segundo informações do portal Olympics.com, até o momento o tênis será disputado por 184 atletas de 41 países, dividido em 5 eventos: simples e duplas masculino, simples e duplas feminino e duplas mistas.
Além de Bia Haddad, Luisa Stefani e Laura Pigossi, o Brasil ainda será representado por Thiago Wild e Thiago Monteiro, que jogam nas modalidades simples e de duplas. O Brasil apenas não irá disputar as duplas mistas.
Os jogos acontecem no famoso Stade Roland Garros de 27 de julho a 4 de agosto e você pode acompanhar ao vivo pelo canal aberto da TV Globo, SporTV, Globoplay ou CazéTV (no Youtube e Prime Video).
