Por Brena Santos

É preciso afirmar de novo e de novo: a Copa do Mundo de Futebol Feminina é uma realidade. Terceiro dia de competição e já entrou para a história como a maior Copa de todas, tanto de público quanto de times. Esta edição conta com uma ampliação de 24 para 32 seleções. Recordes já estão sendo batidos. “Vai ser o Mundial Feminino com maior público”, disse a secretária-geral da Fifa, Fatma Samoura.”

E usando a frase da jornalista Mariana Spinelli, “essa vai ser maior, a próxima vai ser a maior, porque estamos só subindo.” Isso representa uma importância ímpar na história do futebol feminino. Comemoramos dia após dia a história sendo feita, porém ainda não é o suficiente. É necessário reafirmar diariamente a luta pela continuidade do futebol feminino, a luta pelos patrocínios e por uma maior visibilidade dessa competição que cresce ainda mais.

Se por um lado os principais veículos de comunicação já anunciam a Copa de 2023 como um marco histórico, por outro o problema da desigualdade reacende: as premiações entre as seleções masculina e feminina ainda estão longe de serem iguais. De acordo com a CNN, “no Mundial Feminino deste ano, a FIFA vai distribuir US$ 150 milhões entre as equipes – um valor que já é maior do que foi pago em 2019 – mas ainda bem menor do que os US$ 440 milhões pagos no Mundial Masculino no Qatar.”

O atraso no futebol feminino, principalmente aqui no Brasil, se deu nos anos 40 quando o então presidente Getúlio Vargas assinou um decreto que proibia o esporte entre as mulheres. Após muita luta e resistência o então decreto foi revogado, mas esse hiato foi decisivo para adiar o desenvolvimento do futebol feminino.

Nós, a camisa 12 da Seleção e telespectadores assíduos do futebol feminino torcemos para que a Copa não “quebre” apenas recordes de público, mas mostre a relevância que o futebol feminino tem.

Texto produzido em cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube