Acampamento Hugo Chávez: violência e despejo
Hoje, o Acampamento Hugo Chávez, em Marabá, no Pará, passou por reintegração de posse, deixando 300 famílias e muitas crianças sem casa neste mês de dezembro, próximo ao Natal. Essas famílias não tem outro local para ir, e as crianças terão dificuldade na reta final do ano letivo para finalizar os estudos. Em nota, o […]
Hoje, o Acampamento Hugo Chávez, em Marabá, no Pará, passou por reintegração de posse, deixando 300 famílias e muitas crianças sem casa neste mês de dezembro, próximo ao Natal. Essas famílias não tem outro local para ir, e as crianças terão dificuldade na reta final do ano letivo para finalizar os estudos. Em nota, o MST fala da reintegração e da violência que o local já vinha sofrendo. Leia:
“Nota do MST sobre o despejo do Hugo Chávez
No dia de hoje, sob chuva e frio, o Comando de Missões Especiais- CME chegou ao acampamento Hugo Chávez para efetuar o despejo das 300 famílias que ali moram. Esse é mais um despejo dentre os 20 programados na região, todos eles expedido pelo juiz Amarildo Mazzuti da VaraAgraria de Marabá.Nota do MST sobre o despejo do Hugo Chávez
Faltando 10 dias para o natal as famílias não têm para onde ir, e as crianças não terão como terminar o ano letivo. O governo do estado, assim como os demais órgãos públicos não se posicionaram sobre a situação de violação de direitos humanos e não propuseram nenhuma alternativa para solução do conflito. As famílias resistiram até o último momento, não podendo mais segurar a situação optaram por iniciar o desmonte dos barracos.
Nesse momento, as famílias estão organizando um acampamento provisório, em uma área próxima que está localizada no assentamento do MST.
Nos últimos dias, os acampados sofreram ataques dos pistoleiros, o que gerou uma grande mobilização de amigos e organizações que prestaram solidariedade e abriram mais uma vez o debate sobre a situação fundiária e a violência na região.
O MST agradece a centena de gestos de solidariedade do Brasil e do exterior e reitera seu compromisso com as famílias sem terra na luta pela Reforma Agrária e pela justiça social, e que não vão desistir da área.
Enquanto o latifúndio quer guerra, nós queremos terra!”