Leia a nota do MST sobre o ocorrido

 

Na tarde desta quarta-feira, por volta das 16h30, dois homens armados cercaram o dirigente do MST, Silvio Netto, apontando armas contra sua cabeça. Silvinho, como é conhecido, voltava da área Quilombo Campo Grande (antiga Usina Aridnópolis), onde é assentado, quando os homens o obrigaram a parar o carro e realizaram as ameaças. O crime não se efetivou, porque durante a intimidação outro veículo passou pelo local e os pistoleiros fugiram de carro. Eles ainda deram um prazo de dois dias para que Silvio deixasse a cidade, ou matariam sua esposa e filhos.

 

No município de Campo do Meio, a morosidade na resolução do conflito, que dura quase vinte anos, tem permitido que ações de pistoleiros se tornem cada dia mais frequentes. Há duas semanas outro companheiro da coordenação regional sofreu quatro disparos em sua direção. O movimento encaminhou o boletim de ocorrência e exige que o poder público tome medidas efetivas para evitar mais um assassinato no campo.

 

Para o MST, este é mais um sinal de intensificação das ações de setores da direita, que aprofundam o golpe de Estado. É sintomático como as coisas acontecem ao mesmo tempo. Enquanto os atuais reitores e os ex-reitores da UFMG são conduzidos coercitivamente, empregando a Polícia Federal para uma operação completamente arbitraria, no campo, a direita se manifesta com os velhos jagunços, ameaças e assassinatos de lideranças.