Três militantes brasileiros são detidos no Zimbábwe
Frei Rodrigo da Comissão Pastoral da Terra, Maria Julia Gomes Andrade e Jarbas Vieira, militantes do MAM – Movimento pela Soberania Popular na Mineração e membros da secretaria do Comitê Em Defesa dos Territórios Frente à Mineração foram presos no Zimbábwe , na cidade de Mutare. A alegação é que estavam em propriedade privada de […]
Frei Rodrigo da Comissão Pastoral da Terra, Maria Julia Gomes Andrade e Jarbas Vieira, militantes do MAM – Movimento pela Soberania Popular na Mineração e membros da secretaria do Comitê Em Defesa dos Territórios Frente à Mineração foram presos no Zimbábwe , na cidade de Mutare. A alegação é que estavam em propriedade privada de uma mineradora de diamante da China, país que possui o maior número de minas de diamante do mundo.
Os militantes brasileiros que estavam em atividade intercâmbio do Diálogo dos Povos Brasil e América Latina foram detidos com outras 19 pessoas de países africanos. O grupo está detido em Mutare, e a embaixada brasileira já está em contato com a delegacia na qual estão detidos, e a divisão de Direitos Humanos do Itamaraty já está acompanhando o caso. O grupo realizava uma atividade em Marange, e comunidade próxima à mina é afetada pela atividade de mineração na região. As famílias sofrem pressão para saírem do local, em um país onde observadores internacionais apontam crescente tensão, e que enfrenta dura crise econômica, com eleições presidenciais do ano que vem.
Pedro, irmão de Maria Julia deu o seguinte comunicado sobre as informações fornecidas pelo Itamaraty quanto ao caso:
Acabei de ter um retorno da embaixada brasileira. Eles informaram que a polícia até agora se negou a prestar informações sobre os motivos da detenção. Alegaram que a polícia local está impondo entraves burocráticos, dizendo que quem tem que informar a embaixada brasileira é o ministério de relações exteriores deles.
Mas o Thiago, o diplomata que está atuando no caso, disse que amanhã de manhã irá se deslocar para Mutare para ir pessoalmente à delegacia e exigir informações.
São 23:30 lá agora e ele deve sair pela manhã de lá. São 4h de diferença de fuso.
Mas a previsão é então que essa noite eles passem lá na delegacia… e que enquanto não souberem o motivo da detenção ou se há acusações, não tem como prever se eles serão liberados rapidamente ou não. Mas que ele acha que não parecer haver acusações sérias.
Mas de qualquer forma amanhã saberemos, depois que ele chegar lá e ver por que eles foram detidos… o que os policiais estão alegando.