A Potência da negritude no Festival Psica
Celebração cultural na Amazônia destaca a negritude como território de identidade, memória e pertencimento
Em todas as edições do Festival Psica é possível encontrar uma diversidade de pessoas e suas pluralidades. E em meio a tanta gente, é impossível não perceber a massiva presença de pessoas negras no festival. Mais do que um evento artístico cultural, o Psica tem se consolidado como um importante espaço de celebração da identidade, pertencimento e afirmação para a comunidade preta.
Para Larissa Penha, mulher negra e professora, o festival é um espaço de extrema importância, pois nele reside a diversidade e o reconhecimento da comunidade. “Para mim é muito importante a presença de pessoas negras no festival, é uma oportunidade de nos reconhecermos e nos vermos representados um nos outros. E ter um festival que traz também artistas pretos que valorizam e discutem a questão da autoestima e cultura das pessoas negras, é potente demais”, desabafa.

Diante disso, o Psica atua como um grande espelho que reflete a beleza e a pluralidade da população negra amazônida.
Um espaço de pertencimento cultural e amazônico
Joana Costa, graduanda em terapia ocupacional, de Belém, encontrou no Psica uma porta para o envolvimento cultural e identitário. Ela enfatiza como o evento tece a ancestralidade com as raízes amazônicas. “O Psica é um espaço que proporciona um grande envolvimento da comunidade negra amazônica. Eu conheci o festival em 2022 e é sempre muito bom estar nesse espaço que proporciona para a gente uma celebração da beleza negra, porque a gente consegue se ver representado em outras pessoas que estão curtindo o evento, nessas formas de vestir, de falar, nos artistas que também estão nos palcos”, conta entusiasmada.

Joana ressalta que a questão identitária, cultural e ancestral é palpável no festival, desde o início do cortejo na sexta-feira. “A gente consegue participar, se sentir pertencente a gente também, não só ao festival, mas também as nossas questões de raízes culturais, questões amazônicas também.”
O festival, portanto, é um território onde a negritude celebra sua própria existência, se vê representada nos palcos e na plateia, e afirma sua conexão com a cultura local e a ancestralidade.



