
10 curiosidades sobre o documentário do primeiro nordestino a escalar o Everest
Filme será exibido no Rio Mountain Festival, no dia 16 de outubro, no CCBB Rio, e narra a história de superação de Rosier Alexandre, que saiu do sertão do Ceará para conquistar o Everest.
“O Engraxate Que Escalou o Everest” chega à mostra Rio Mountain Festival com a força de uma história rara: a de um menino nascido em um casebre de taipa no interior do Ceará, que se tornou o primeiro nordestino a alcançar o cume do Everest. Dirigido por Ian Ruas, o documentário retrata não apenas uma aventura nas montanhas, mas também uma reflexão profunda sobre desigualdade, resistência e transformação.
Além da exibição do filme — que acontece em sessão única no dia 16 de outubro, às 19h, no CCBB Rio —, o protagonista Rosier Alexandre também participa de uma palestra gratuita no mesmo local, no dia 19 de outubro, intitulada “Nada Menos que o Everest”. Ambos os ingressos estarão disponíveis a partir das 9h, no site do CCBB.
Para aquecer a estreia, reunimos dez curiosidades inéditas sobre o filme e seu personagem central — um homem que desafiou o frio e a altitude, mas também os limites impostos por sua própria trajetória.
1. Do sertão ao cume do mundo
Antes de se tornar montanhista, Rosier Alexandre trabalhou na roça até os 15 anos, foi engraxate e vendedor de frutas nas ruas de Juazeiro do Norte. Décadas depois, ele completaria o Projeto Sete Cumes, escalando a montanha mais alta de cada continente.
2. O nordestino que sobreviveu ao impossível
Durante suas expedições, Rosier enfrentou uma avalanche mortal no Everest, o maior terremoto da história do Nepal e até uma tentativa de sequestro na Papua-Nova Guiné — experiências que o transformaram em símbolo de coragem e superação.
3. Um montanhista com pânico de altura
Apesar de ter alcançado os cumes mais altos do planeta, Rosier tem pavor de altura. O medo, segundo ele, nunca foi um obstáculo: “Coragem não é ausência de medo — é agir apesar dele”, costuma dizer.
4. Filmagens em condições extremas
A equipe do documentário era formada por apenas duas pessoas ao subir até o Campo Base do Everest — e nenhuma delas havia escalado antes. Mesmo assim, o grupo registrou imagens impressionantes em temperaturas abaixo de zero.
5. O diretor quase perdeu a vida
O diretor Ian Ruas sofreu um edema pulmonar durante as filmagens — uma condição potencialmente fatal em grandes altitudes. Recuperado, ele continuou as gravações, que se estenderam por quatro países e três continentes.
6. A tempestade que quase cancelou tudo
Durante o retorno ao Brasil, a equipe ficou presa em Dubai por causa de uma tempestade histórica, em abril de 2024. A situação quase inviabilizou a conclusão do projeto — mas, assim como o protagonista, todos resistiram até o fim.
7. Um retrato social, não apenas esportivo
Mais do que uma narrativa de aventura, “O Engraxate Que Escalou o Everest” lança luz sobre as desigualdades sociais do Brasil e o contraste entre o sertão árido e o topo gelado do planeta, com depoimentos que inspiram e provocam reflexão.
8. Trilha sonora com assinatura de Oswaldo Montenegro
A música-tema do filme é assinada por Oswaldo Montenegro, que compôs a trilha original ao lado de Ian Ruas e Felipe Hostins — este, vindo de Nova York especialmente para o projeto.
9. “O Condor”, clássico dos anos 1980, renasce no filme
Um dos momentos mais marcantes da trilha é a nova versão de “O Condor”, canção que consagrou Oswaldo Montenegro no Festival dos Festivais de 1985. É a primeira vez que a música integra a trilha sonora de um longa-metragem.
10. Um filme necessário, segundo Oswaldo Montenegro
“O Engraxate Que Escalou o Everest” é um filme brilhante — não só porque a trajetória do protagonista é rara e impressionante”, diz o cantor. “É um filme necessário, porque mostra que herói mesmo é quem se doa ao sonho do outro, e campeão é quem ama pra valer.”