Fortaleza se transforma novamente em palco de um dos mais importantes festivais dedicados à pluralidade sexual e de gênero no Brasil. De 22 a 29 de agosto, o 19º For Rainbow – Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual e de Gênero ocupará o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura com a exibição de 61 filmes vindos de 14 países, além de shows, espetáculos teatrais, lançamentos de livros e oficinas.

Com 74% de sua seleção formada por produções brasileiras, o festival reúne sete longas e 22 curtas-metragens nas Mostras Competitivas Internacionais, além de cinco mostras paralelas que ampliam a representatividade de vozes, estilos e narrativas audiovisuais. Os concorrentes disputam o Troféu Elke Maravilha em nove categorias, incluindo Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Atuação, além do Prêmio da Crítica.

Longas em competição

Entre os sete longas, cinco são produções nacionais: “Apenas Coisas Boas”, de Daniel Nolasco (GO); “Nem Toda História de Amor Acaba em Morte”, de Bruno Costa (PR); “Salomé”, de André Antônio (PE); “As Primeiras”, de Adriana Yañez (SP); e “Explode São Paulo, Gil”, híbrido de ficção e documentário de Maria Clara Escobar (SP), responsável pela abertura da competição. Completam a seleção o colombiano “Brigitte’s Planet B”, de Santiago Posada, e o holandês “Me chame de Agnes”, de Daniel Donato.

Curtas-metragens

Na mostra competitiva de curtas, o panorama reúne 22 filmes. Entre os brasileiros estão “Americana”, de Agarb Braga (PA); “Carne Fresca”, de Giovani Barros (RJ); “Cidade by Motoboy”, de Mariana Vita (SP); “Como Nasce Um Rio”, de Luma Flôres (BA); “Corpo Aberto”, de João Victor Borges e Will Domingos (RJ); “Fronteriza”, de Rosa Caldeira e Nay Mendl (SP); “Noroeste – Quem Nasce Tempestade, Não Tem Medo de Vento Forte”, de Cibele Appes (SP); “Peixe Morto”, de João Fontenele (CE); “Ponto e Vírgula”, de Thiago Kistenmacker (RJ); “Rose e Maria”, de Magi do Carmo (CE); “Se Eu Tô Aqui é Por Mistério”, de Clari Ribeiro (RJ); “Tigrezza”, de Vinicius Eliziário (BA); “VBP (Vacas Brancas Preguiçosas)”, de Asaph Luccas (SP); e “Zagêro”, de Victor Di Marco e Marcio Picoli (RS).

Da seleção internacional participam “Billi, o Cowboy”, de Fede Gianni (Itália); “Boa Vida e Pouca Vergonha”, de Ana Colato e Guadalupe Sanz (Argentina); “O Mártir”, de Alejandro Mathé (Espanha/Alemanha); “Gigi”, de Cynthia Calvi (França); “Oi mãe, sou eu, Lou Lou”, de Atakan Yilmaz (Turquia); “Cereal de Fruta”, de Jakub Kostewicz (Polônia); “Queer do Baile”, de Dylan Margerette Fiona De Asis Cerio (Filipinas); e “Sonhos Não Realizados”, de Shwe Yee Oo (Myanmar).

Mostras paralelas

Além da competição, o For Rainbow apresenta cinco mostras paralelas com 32 filmes.

  • Mostra Cearense: reúne 13 títulos, incluindo “Arcad’água”, de Paulo Carter; “Estrangeiro”, de Edigar Martins; “Olho Vivo”, de Jéssica Teixeira e João Fontenele; “Para Além do Banco Rosa”, de Idell Andrade; “Ponte Metálica”, de Felipe Bruno e Wes Maria; “Quebramar”, de Carol Honor e Lucas Ranyere; “Rainha do Milho”, de Eduardo Bruno; “Tiramisú”, de Leônidas Oliveira; e “Transdermal”, de Garu Pirani, entre outros.
  • Mostra Feminino Plural: apresenta 10 filmes dirigidos por mulheres, entre eles “Anastácia”, de Lilih Curi; “Busco-me”, de Maria Camila Ortiz, Suelen Rodrigues, Felipe Chiaretti e Santiago Mendez; “Safo”, de Rosana Urbes; “Se precisar de algo”, de Mariana Cobra; “Velcro”, de Carol Lima e Renata Pimentel; e “Verbo Ser”, de Nívia Uchoa, documentário de longa duração.
  • Mostra Duplo Orgulho: traz seis filmes que destacam produções de comunidades tradicionais, como “Orgulho da Mãe”, de Shiva Krish (Índia); “Ser Mon”, de Myanmar; “In Nile”, de Jener Mendes e Deko Alves (BA); “Doce Começo”, de Amal Allesse (Índia); “Nhandê”, de Begê Muniz e Elisa Telles (AM); e “Rainha”, de Raul de Lima (PA).
  • Filmes Convidados: exibe em sessão especial “Carlinha e André”, de Ricky Mastro (SP), e “Secundária”, de Amanda Pontes e Michelline Helena (CE).
  • Sessão de Acessibilidade: garante a inclusão de pessoas cegas, surdas e ensurdecidas, com a exibição do longa “Nem Toda História de Amor Acaba em Morte”.

Júri

O júri oficial é formado por cinco nomes de destaque: Alice Chiappetta, diretora e produtora de cinema LGBTI+; Elaine do Carmo, cineasta e pesquisadora; Luis Alejandro Yero, documentarista cubano; Roberta Marques, cineasta cearense premiada; e Verónica Valenttino, atriz e cantora multipremiada.

Programação musical

O festival também aposta em uma agenda de shows gratuitos na Arena do Dragão, sempre às 22h, após as sessões. A abertura, no dia 22, traz o espetáculo “Estranho seria se eu não me apaixonasse por você”, com Helô Sales, Mona Gadelha, Luiza Nobel, Vanessa Cantora e Carú Lina. No dia 23, o Forró Drag promete agitar a noite com performances de Camilly Leycker, Mizzayra Alonzo e Donna Troy.

A festa Patuscada, comandada por FaBinho Vieira e VictorMSat, anima o domingo, 24. Já no dia 27, Verónica Valenttino apresenta o show “Travessia”. O encerramento, no dia 29, fica por conta da cantora Camaleoa com “No Ceará Tem Pop”.

Lançamento de livros

A programação literária inclui “Atiraste uma Pedra – Memórias”, de Fabio Lima Nobre e Paulo Vianna Jr., lançado no dia 23, na Arena do Dragão, e “Ace da Liberdade”, de Tiziane Machado, que terá sessão de lançamento no dia 29, na Biblioteca Estadual do Ceará.

Saiba mais sobre o For Rainbow 2025 no site oficial do evento e nas redes sociais.

Foto: Divulgação