Por Giulia Reis

O cantor, compositor e pianista paulistano, Joaquim, de 23 anos, começa sua trajetória na música com um trabalho maduro e cheio de personalidade. Com uma sonoridade marcada pelo piano e voz muito influenciada pela MPB dos anos 70, o artista chama a atenção tanto do público quanto da crítica. 

Seu primeiro contato com a música aconteceu ainda na infância quando através de sua avó foi apresentado a obras de Chico Buarque e Aldir Blanc. Essas influências foram fundamentais para seu desenvolvimento como letrista, que se iniciou ainda aos 10 anos. Paralelamente, Joaquim passou a frequentar aulas de piano que permitiram o desenvolvimento de sua técnica. O artista revelou ao site Música Pavê que tanto sua avó quanto seu professor de piano, Geraldo Orlando, foram essenciais para a construção de sua percepção musical. 

Em 2023, durante a participação de Joaquim no show de Leo Quintella, Marcus Preto, produtor renomado da cena musical independente e criador do Coala Festival, se impressionou com o talento do artista, tornando possível que ele se tornasse a nova promessa da Coala Record. O primeiro passo foi dado com o lançamento do single “Emboscada” em abril, que antecedeu o álbum de estreia lançado em maio de 2025. O conceito do disco gira em torno do que simboliza seu nome “Varanda dos Palpites”, definido antes mesmo da concretização das músicas. Um lugar de ideias e reflexões baseadas em sentimentos abstratos que culminaram no processo criativo do álbum. As músicas ao mesmo tempo nos levaram e conduziram por divagações, nos envolveram na visceralidade e na potência de suas palavras.  

Além de composições autorais, o disco também conta com a regravação de Fogueira, de Angela Ro Ro, e a participação de Rubel em “Falta” e Luiza Villa em “Me conta”, uma versão de “Somethin’ Stupid” de Carson Parks. O número atingido de mais de 15 mil ouvintes mensais no Spotify surpreende para um artista com poucas músicas lançadas e um único trabalho completo, mas ao dar play na obra tudo faz sentido, Joaquim apresenta um repertório muito bem construído poética e sonoramente que nos conecta.

Ouça Joaquim!