Por Layla Alves

A prática jornalística está presente em tudo. Na carreira das personagens de comédias românticas dos anos 2000, nos livros de história, na rádio que toca na ida ao trabalho, na notícia lida pelo celular no meio do expediente, no telejornal da televisão aberta e até mesmo nesta matéria sobre cinema.

Em uma sociedade democrática, o jornalismo tem a mesma função do óleo em uma embreagem: manter a máquina funcionando em pleno vigor. Não é possível ter uma comunidade justa sem informação, e a informação deve estar disponível para todos – independentemente do seu posicionamento político, classe social, nível de escolaridade, crença ou qualquer outra característica.

Em 1450, a Imprensa de Gutenberg começa a imprimir a Bíblia, um grande passo para o pensamento crítico e a formação de opinião. Naquele momento, as pessoas puderam estudar textos religiosos sozinhas, sem depender da interpretação da Igreja – um acontecimento que viria a influenciar diretamente o jornalismo, pois abrangeu aspectos até hoje utilizados nos meios de comunicação em massa, como a produção em larga escala e a alta distribuição de materiais, os panfletos de notícias.

A disseminação das notícias

Em Uma história social da mídia: de Gutenberg à internet, escrito por Asa Briggs e Peter Burke, é mostrado o caminho que percorremos para ter acesso à informação de maneira tão ampla e como diversos meios de comunicação afetam a maneira de consumirmos notícias e entretenimento nos dias atuais. Alerta de spoiler: quem tinha o poder na época não gostou da facilidade com que as matérias chegavam ao povo; as tentativas de descredibilizar a mídia jornalística e seus profissionais são um velho conhecido do autoritarismo.

Ser jornalista é ser tradutor. Buscar fatos, enfrentar quem e o que estiver na sua frente, sempre com o objetivo de trazer a verdade de maneira explícita e legível até para o maior dos leigos. Nos primórdios, a essência jornalística veio disso: dar ao povo acesso ao que estava fechado apenas aos que detinham títulos. E nem sempre esse é um trabalho fácil.

Por isso, reunimos um compilado de 10 filmes e séries que acompanham o trabalho dos jornalistas.

“O Escândalo” (2019)

Direção: Jay Roach
Onde assistir: Disponível para aluguel na Prime Video

Sinopse: As funcionárias da Fox News denunciam a cultura de masculinidade tóxica da empresa de mídia norte-americana, levando à queda do magnata Roger Ailes.

“Guerra Civil” (2024)

Direção: Alex Garland
Onde assistir: Disponível na Netflix e na Prime Video

Sinopse: Ambientado em um futuro não tão distante, quando uma guerra civil se instaura nos Estados Unidos, uma equipe pioneira de jornalistas de guerra viaja pelo país para registrar a dimensão e a situação de um cenário violento que tomou as ruas em uma rápida escalada, envolvendo toda a nação e ampliada pela polarização política. No entanto, o trabalho de registro se transforma em uma luta pela sobrevivência quando eles também se tornam o alvo. (Sinopse adaptada de AdoroCinema)

“Zodíaco” (2007)

Direção: David Fincher
Onde assistir: Disponível na Max

Sinopse: Durante os anos 60 e 70, o medo aumenta em São Francisco com os ataques de um assassino maníaco chamado Zodíaco. Investigadores e jornalistas tentam descobrir a identidade do assassino e levá-lo à justiça. Enquanto isso, Zodiac provoca as autoridades e os grandes jornais com mensagens crípticas, cifras e telefonemas ameaçadores.

“Spotlight” (2015)

Direção: Tom McCarthy
Onde assistir: Disponível na Max

Sinopse: Um grupo de jornalistas investiga o abuso de crianças por padres católicos, acobertados pela Igreja. Eles conseguem reunir documentos que podem provar os crimes cometidos e o envolvimento de líderes religiosos que tentaram ocultar os casos.

“Contra a Parede” (2018)

Direção: Paulo Pons
Onde assistir: Disponível no Globoplay

Sinopse: Às vésperas das eleições presidenciais no Brasil, Cacá Viana, apresentador de um telejornal, enfrenta conflitos éticos no trabalho e nas relações pessoais com dois candidatos com os quais ele possui relações de amizade. Uma jovem é atropelada e morta em um acidente de trânsito, fato que muda a vida do âncora e de seus amigos.

“As Garotas do Ônibus: Jornalistas de Campanha” (2024)

Criadoras: Amy Chozick e Julia Plec
Onde assistir: Disponível na Max e na Apple TV+

Sinopse: Quatro mulheres jornalistas acompanham cada movimento de um desfile de candidatos presidenciais imperfeitos, descobrindo a amizade, o amor e um escândalo que tem o potencial de desestabilizar não só a presidência, mas toda a democracia.

“Rota 66: A Polícia Que Mata” (2022)

Direção: Philippe Barcinski e Diego Martins
Onde assistir: Disponível no Globoplay

Sinopse: Baseada no livro de Caco Barcellos e protagonizada por Humberto Carrão, a série traz um relato chocante sobre a violência praticada pela ROTA, polícia especializada de São Paulo.

“Setembro 5” (2024)

Direção: Tim Fehlbaum
Onde assistir: Disponível para aluguel na Prime Video

Sinopse: Durante as Olimpíadas de Munique em 1972, uma equipe norte-americana de jornalistas esportivos se vê forçada a cobrir a crise de reféns envolvendo atletas israelenses.

“The Post” (2017)

Direção: Steven Spielberg
Onde assistir: Disponível para aluguel na Prime Video

Sinopse: Em 1971, os editores Katharine Graham e Ben Bradlee do Washington Post arriscam suas carreiras e liberdade para expor segredos governamentais que abrangem três décadas e quatro presidentes dos Estados Unidos.

“Ela disse” (2022)

Direção: Maria Schrader
Onde assistir: Disponível para aluguel na Prime Video

Sinopse: As jornalistas do New York Times Megan Twohey e Jodi Kantor publicam um relatório que expõe décadas de acusações de abuso sexual contra o poderoso produtor de Hollywood Harvey Weinstein.