O PSOL entrou com um pedido de prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-ministro da Defesa, General Braga Netto, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), acusando-os de envolvimento em um plano golpista que teria como alvo o assassinato de autoridades públicas, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

A medida foi anunciada pelos deputados federais do PSOL, Guilherme Boulos e Erika Hilton, que, por meio de suas redes sociais, detalharam as razões que fundamentam o pedido. Boulos, em sua publicação, enfatizou que o partido não aceitará “nenhuma anistia” para os envolvidos, ressaltando a gravidade das investigações conduzidas pela Polícia Federal, que apontam um possível plano de assassinato e golpe de Estado, orquestrado por Bolsonaro e Braga Netto.

Erika afirmou que “não há argumentos plausíveis para que Bolsonaro e Braga Netto estejam em liberdade”. Segundo a deputada, as investigações indicam que os dois podem estar diretamente ligados a um plano de assassinato de figuras-chave do governo, além de tentarem implementar um golpe de Estado. A deputada também lembrou que a gravidade dos crimes e a posição de liderança dos envolvidos — Bolsonaro como presidente de honra do PL e Braga Netto como general do Exército — não devem ser minimizadas, mesmo com o fim de seus mandatos.

Ainda para Erika, o fato de ambos não estarem mais no poder não os tornaria menos perigosos. Ela destacou que, segundo as investigações, a intenção de realizar o assassinato de figuras políticas e a tentativa de implementar um golpe estavam em andamento, o que torna a situação ainda mais alarmante. “Uma pessoa que planeja envenenar e executar alguém, e que começa a colocar esse plano em prática, é capaz de fazê-lo independentemente da cadeira que senta”, afirmou.

A parlamentar também classificou Bolsonaro e Braga Netto como “assassinos em potencial”, apontando que a liberdade deles representa um risco para a sociedade. A solicitação de prisão preventiva tem como objetivo garantir que os dois indivíduos não tenham a possibilidade de agir ou influenciar as investigações em andamento.