O Ministério da Justiça anunciou a demarcação de mais sete terras indígenas em São Paulo, prevendo a formalização até esta sexta-feira. Essas demarcações representam um marco significativo, sendo as primeiras realizadas no estado em sete anos, e visam garantir os direitos territoriais de comunidades indígenas que, historicamente, enfrentam desafios para a proteção de suas terras.

No mês passado, o ministro Ricardo Lewandowski, alvo de críticas de lideranças indígenas por sua aparente lentidão no processo de demarcação, já havia assinado portarias que garantiram a proteção de três áreas adicionais. Com as novas demarcações, o número total de terras reconhecidas no estado aumentará, abrigando cerca de 1,2 mil indígenas de seis etnias diferentes, incluindo Borari, Arapium, Jaraqui, Tapajó, Apiaká e Munduruku, além de povos isolados.

Essas terras somam uma área total de 1 milhão de hectares, proporcionando aos indígenas não apenas o reconhecimento de seus direitos, mas também uma chance de revitalizar suas culturas e tradições. A demarcação é vista como uma resposta às demandas por justiça social e proteção ambiental, uma vez que as comunidades indígenas desempenham um papel crucial na conservação da biodiversidade e na preservação de ecossistemas.

A expectativa é que a medida incentive uma maior proteção das terras indígenas em São Paulo e estabeleça um precedente para a efetivação de direitos de outras comunidades ao redor do Brasil.

*Com informações da Coluna Lauro Jardim