A Terra Indígena Sararé, no Mato Grosso, vive uma situação crítica com a intensificação do garimpo ilegal, apesar de operações de fiscalização que já destruíram 215 escavadeiras e causaram um prejuízo de R$ 300 milhões aos garimpeiros desde 2023.

Com cerca de 2.000 garimpeiros ainda atuando na região, o território Nambikwara, demarcado oficialmente em 1985, é alvo constante de invasões, exacerbadas pela presença de milícias e facções criminosas.

Mesmo com a apreensão de veículos, armamentos pesados e sucessivas operações do Ibama, o impacto ambiental segue devastador, com 570 hectares de floresta destruídos apenas este ano. A situação atingiu um ponto crítico em setembro, quando um confronto entre garimpeiros e agentes de fiscalização resultou em cinco mortes, demonstrando o nível de violência que permeia a disputa pelo ouro na área.

Desde a demarcação oficial da terra indígena em 1985, as invasões para extração de ouro têm sido constantes, mas este ano houve um recorde no número de alertas, com 570 hectares de destruição identificados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).