Nunes recusou abrir o sigilo bancário em resposta ao desafio feito por Guilherme Boulos durante o debate do segundo turno das eleições municipais de São Paulo, na última segunda-feira (14). Nunes está envolvido no escândalo conhecido como “máfia das creches”, conforme uma investigação da Polícia Federal (PF) que indiciou 117 pessoas e solicitou um inquérito específico sobre Nunes, relacionado a supostas notas fiscais “frias” emitidas quando ele era vereador.

A “máfia das creches” é um escândalo de corrupção que envolve suspeitas de desvios de verbas destinadas ao financiamento de creches e pré-escolas em São Paulo. As investigações apontam para um esquema em que empresas e organizações sociais teriam emitido notas fiscais frias, superfaturado serviços ou repassado dinheiro de forma irregular, desviando recursos públicos que deveriam ser usados para a gestão e manutenção de creches na cidade.

O caso ganhou destaque quando a Polícia Federal (PF) indiciou mais de 100 pessoas, sugerindo que havia uma rede organizada para fraudar contratos e burlar o controle de gastos na administração das creches. A investigação, que se arrasta há alguns anos, envolve tanto figuras públicas quanto empresários e dirigentes de organizações que firmavam contratos com o poder público.

Entre os investigados, surgiram suspeitas de que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), poderia ter mantido vínculos com algumas das empresas envolvidas no esquema durante seu tempo como vereador. No entanto, ele não foi indiciado formalmente e sempre negou qualquer participação no esquema, afirmando que todas as suas atividades empresariais e políticas foram realizadas dentro da legalidade.